ATA DA NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 07-10-2015.
Aos
sete dias do mês de outubro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida
por Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho
do Grêmio, Dr. Raul Fraga, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e
Titi Alvares. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Cassio
Trogildo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, João
Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro,
Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon e Waldir Canal. A seguir, foi apregoado o Oficio nº 112/15, do
Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 032/15 (Processo nº
2290/15). Do EXPEDIENTE, constaram os seguintes Ofícios: nº 774/15, de Fernanda
Almeida Cappelini, Coordenadora de Filial da Caixa Econômica Federal; nos 969, 989 e 989/15, de Marcos Alexandre Almeida,
Coordenador de Filial da Caixa Econômica Federal; e nº 2466/15, de Priscilla
Maria Santana, Subsecretária de Relações Financeiras Intergovernamentais da
Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se Clàudio Janta, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Fernanda
Melchionna. Em prosseguimento, Kevin Krieger formulou Requerimento verbal,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às quatorze
horas e quarenta e minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, Marcelo Sgarbossa formulou Requerimento
verbal, indeferido pelo Presidente, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na priorização da Ordem do Dia. Em Discussão
Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 024/15
(Processo nº 1959/15), após ser discutido por Fernanda Melchionna, Sofia
Cavedon, Lourdes Sprenger, Prof. Alex Fraga, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Cassio Trogildo, este duas vezes, Reginaldo Pujol, João Carlos Nedel, Clàudio
Janta, Engº Comassetto, Dr. Thiago, Alberto Kopittke, Idenir Cecchim, Titi
Alvares, Airto Ferronato, Sofia Cavedon e Carlos Casartelli. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, Kevin Krieger, Paulo Brum
e Mauro Pinheiro cederam seus tempos de discussão a Cassio Trogildo, João
Carlos Nedel e Sofia Cavedon, respectivamente. Também, João Bosco Vaz formulou
Requerimento verbal, indeferido pelo Presidente, solicitando a suspensão dos
trabalhos da presente Sessão. Ainda, o Presidente convidou a todos para
participar, no dia quatorze de outubro do corrente, às dezenove horas, no
Plenário Otávio Rocha deste Legislativo, da palestra Um Novo Modelo de Cidade –
o exemplo de Barcelona no Projeto 22@, a ser ministrada por Josep Piqué,
Diretor da Oficina de Crescimento Econômico do Projeto 22@Barcelona. Os
trabalhos foram suspensos das dezesseis horas e trinta e quatro minutos às
dezesseis horas e quarenta e quatro minutos, em face de Requerimento verbal
formulado por Kevin Krieger, deferido pelo Presidente. Também, foi apregoado
Termo de Anuência firmado por Líderes de Bancadas, anuindo com a efetuação de
alterações no Projeto de Lei do Executivo nº 024/15. Foi votada destacadamente
e rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por
oito votos SIM e vinte e um votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Sofia
Cavedon, Airto Ferronato, Prof. Alex Fraga, Waldir Canal, Engº Comassetto e
Cassio Trogildo, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, Kevin Krieger
e Reginal Pujol, tendo votado Sim Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara
Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e
Titi Alvares e votado Não Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Mario Manfro,
Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 024/15, por vinte e dois votos SIM e nove votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Fernanda Melchionna, Sofia Cavedon, Engº Comassetto e
Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado
Sim Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony,
Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Titi Alvares e votado Não
Airto Ferronato, Dr. Raul Fraga, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nereu D'Avila e Waldir Canal. Foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 024/15, por dezesseis votos SIM, dez votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
após ser encaminhada à votação por Engº Comassetto, Fernanda Melchionna e Sofia
Cavedon, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Sim
Carlos Casartelli, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Dr. Thiago,
Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Jussara Cony,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Prof. Alex Fraga, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon e Titi Alvares, votado Não Airto Ferronato, Cassio
Trogildo, Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mendes Ribeiro,
Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Reginaldo Pujol e optado pela
Abstenção Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda
nº 11 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por seis votos SIM e
dezenove votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Engº Comassetto e Cassio
Trogildo, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta e Kevin Krieger,
tendo votado Sim Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Prof. Alex
Fraga, Sofia Cavedon e Titi Alvares e votado Não Airto Ferronato, Carlos
Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. A seguir,
constatou-se a existência de quórum, em verificação solicitada por Clàudio
Janta. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 12 aposta ao Projeto
de Lei do Executivo nº 024/15, por dez votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Engº Comassetto, Fernanda Melchionna e João Carlos
Nedel, em votação nominal solicitada por Engº Comassetto e Kevin Krieger, tendo
votado Sim Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga, Sofia
Cavedon e Titi Alvares e votado Não Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Dr.
Raul Fraga, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger, Márcio Bins Ely, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 13 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por
sete votos SIM e dezessete votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada
por Airto Ferronato e Kevin Krieger, tendo votado Sim Airto Ferronato, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex
Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Dr. Raul
Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e
Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 14 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por seis votos SIM e dezenove votos NÃO,
em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo e Kevin Krieger, tendo votado
Sim Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Airto Ferronato, Carlos
Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal.
Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 15 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 024/15, por vinte e dois SIM e dois votos NÃO, após ser
encaminhado à votação por Prof. Alex Fraga, Jussara Cony, Airto Ferronato,
Sofia Cavedon, Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna e Elizandro Sabino, em
votação nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim Alberto
Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga,
Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado
Não João Bosco Vaz e João Carlos Nedel. Durante o encaminhamento à votação da
Emenda nº 15 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 024/15, foi
aprovada a prorrogação de presente Sessão, nos termos regimentais, por vinte e
três votos SIM, em votação nominal solicitada por Mauro Pinheiro, tendo votado
Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul
Fraga, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes
Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota e
Tarciso Flecha Negra. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 16
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por sete votos SIM e dezessete
votos NÃO, em votação nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim
Airto Ferronato, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Carlos Casartelli,
Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins
Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Séfora
Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e
aprovada a Emenda nº 17 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por
dezoito votos SIM e cinco votos NÃO, em votação nominal solicitada por Cassio
Trogildo, tendo votado Sim Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado
Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro,
Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes
Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely e Waldir Canal. Foi
votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 19 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 024/15, por seis votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser
encaminhada à votação por Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada
por Cassio Trogildo e Kevin Krieger, tendo votado Sim Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon,
votado Não Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Dr. Raul Fraga,
Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela
Abstenção Delegado Cleiton. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
20 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por nove votos SIM,
quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por Cassio
Trogildo e Kevin Krieger, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Dr. Raul Fraga,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro, Prof.
Alex Fraga, Séfora Gomes Mota e Sofia Cavedon, votado Não Carlos Casartelli,
Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela,
Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins
Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista e Waldir Canal e optado pela
Abstenção Tarciso Flecha Negra. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Mauro Pinheiro, solicitando votação conjunta das Emendas nos
21, 22, 25, 26 e 27 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
024/15. Foram votadas destacada e conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos
21, 22, 25, 26 e 27 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por nove
votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada
por Kevin Krieger, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro,
Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon, votado Não Airto Ferronato, Carlos
Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins
Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Séfora Gomes Mota, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção Dr. Raul Fraga. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Alberto Kopittke, solicitando
votação conjunta das Emendas nos 30, 31, 32 e 33 apostas ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 024/15. Foram votadas destacada e
conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos 30, 31, 32 e 33 apostas ao
Projeto de Lei do Executivo nº 024/15, por sete votos SIM e dezenove votos NÃO,
após serem encaminhadas à votação por Alberto Kopittke e Engº Comassetto, em
votação nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim Alberto
Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Airto Ferronato,
Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Paulinho Motorista, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal. Foi aprovado o Termo de Anuência aposto ao Projeto de Lei do Executivo
nº 024/15, por vinte e cinco votos SIM, em verificação de votação solicitada
por Sofia Cavedon, após ter sido aprovado em sua votação simbólica, tendo
votado Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo,
Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes
Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foram votadas
conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 03, 06, 07, 08, 18, 23
e 24 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 024/15. Foi aprovado o Projeto
de Lei do Executivo nº 024/15, por vinte e quatro votos SIM e dois votos NÃO,
em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo e João Bosco Vaz, tendo
votado Sim Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio
Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Engº Comassetto,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro,
Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Séfora Gomes Mota, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não Fernanda Melchionna e
Prof. Alex Fraga. Foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
006/14 (Processo nº 0150/14), por oito votos SIM e onze votos NÃO, em votação
nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Dr.
Raul Fraga, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Cassio Trogildo, Delegado
Cleiton, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Márcio Bins Ely, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista e Tarciso
Flecha Negra. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Márcio Bins
Ely, solicitando alteração na ordem apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 059/14 (Processo nº
0633/14). Durante a sessão, João Carlos Nedel, Marcelo Sgarbossa, João Bosco
Vaz e Kevin Krieger manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às vinte
horas, constatada a inexistência de quórum deliberativo em verificação
solicitada por João Carlos Nedel, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima
quinta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro
Pinheiro e Paulo Brum e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem à noite no
Congresso Nacional, Ver. Dinho, Ver. Tarciso, que são do futebol, nós lembramos do que o Garrincha falou numa Copa do
Mundo, num jogo contra a seleção russa. Quando o treinador passou a ele a
tática de jogo – faz isso, faz aquilo –, ele disse: “Mas vocês combinaram com
os russos?”
A Presidente Dilma tem feito trocas de ministérios,
anunciando a diminuição do seu salário. Mas não anuncia coisas concretas para
este País, como a diminuição de juros, como a diminuição da taxa Selic, como o
crescimento da geração de emprego e renda. E, ontem, ficou a prova disso,
Jurandir, que aqui se encontra, também jogador de futebol. A Presidente Dilma
não combinou com os “russos”. Trocou os Ministérios, deu coisas para o PMDB,
deu coisas para outros Partidos e não combinou com os “russos”, e eles ontem
deram a resposta a ela. Os “russos” ontem entraram em campo e provaram que uma
parte do Congresso Nacional não está à venda, uma parte do Congresso Nacional
quer solucionados os problemas do Brasil. E não adianta vir com chantagem e
dizer que é uma agenda impositiva, que é uma agenda que tranca o Brasil, que é
uma agenda que acaba com o Brasil, que é uma agenda que, até pouco tempo era
democrática, até pouco tempo era de inclusão, até pouco tempo era democrática
na defesa dos direitos dos trabalhadores, principalmente dos aposentados e
pensionistas; que é uma agenda que dá igualdade aos aposentados e pensionistas,
dá igualdade aos salários dos aposentados, repõe o fator previdenciário, repõe
dinheiro na economia. E, agora, é uma agenda bomba – uma agenda bomba!
Ontem, o dito Bloco que o PMDB comandava foi
desmontado; o dito bloco que o PMDB tinha, que chegava a uma centena de
Deputados foi desfeito; e pior ainda, mostrou que a Presidente Dilma levou um
pedacinho do PMDB, ela não levou todo; mostrou que a Presidente levou
pedacinhos de partidos, não levou todos; mostrou que, realmente, o Brasil
precisa fazer a lição de casa. E a lição de casa é parar de dar dinheiro para
banqueiro, é investir na indústria nacional, é parar com esses juros altos, é
cada vez mais gerar empregos e renda, é cada vez mais ter um parque nacional
produtivo e forte; não ter um sistema bancário que fica assolando, que fica
tirando da indústria nacional, dos trabalhadores brasileiros, se beneficiando
cada dia mais. A Presidente simplesmente desconhece esses fatores, a Presidente
simplesmente desconhece a economia do Brasil, que cresceu e que vê a sua
pujança com uma indústria forte que gera emprego e renda.
Convido os colegas Vereadores a darem uma volta em
Tarumã, darem uma volta na rodovia Tabaí-Canoas e verem o que são os
estacionamentos das montadoras – uma política que o Brasil fez de investir na
indústria automobilista. Convido para irem lá e verem o que tem de carro
estacionado da GM, não somente no seu pátio aqui em Gravataí, Ver. Prof. Alex
Fraga, mas no Velopark, lá em Nova Santa Rita, em Tarumã, aqui em Viamão, e já
estão procurando outro local para botarem os seus carros. Não é essa a política
que o Brasil quer. O Brasil quer uma política da pequena e média empresa – essa
é que gera 70% dos empregos. O Brasil quer uma política de menos impostos, o
Brasil quer uma política de menos juros, uma política que valorize o trabalho,
que valorize o emprego.
Com muita força, fé e solidariedade nós vamos
melhorar, com certeza, o Brasil; nós vamos melhorar, com certeza, a geração de
emprego e renda neste País, não comprando com Ministérios, não comprando com
sonhos que não vão ser entregues. E a prova disso foi ontem o racha monstruoso
que teve o Congresso Nacional. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Rodrigo Maroni está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde,
Presidente Paulo Brum, demais Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste
nas galerias, em Casa, os colegas da Câmara; quero agradecer à nossa Líder
Jussara Cony por ter cedido este espaço de tempo.
Quero falar que no domingo teve uma data muito
importante, Ver. Prof. Alex Fraga, para nós todos, e aí eu incluo todos os
colegas defensores dos animais: o Dia Mundial dos Animais. É um dia que deve
ser comemorado, mas também muito refletido em torno dessa realidade. E eu
peguei essa pauta para tentar encarar de frente no dia a dia, para me
aprofundar. Assim como tu, por exemplo, és um Vereador da Cidade como um todo,
mas tens um aprofundamento na educação. Acho que é importante quando os
Vereadores se interessam, como o Kevin, que é da assistência social, que
trabalhou com a parte da criança e do adolescente. Eu peguei essa pauta e tenho
procurado conhecê-la de fato, para que aqui não fique meramente um debate de
discurso ou de tribuna. Sim, eu quero botar a mão na massa para conhecer a
realidade da nossa Cidade.
Hoje, cerca de 200 milhões de animais são
assassinados diariamente no mundo todo. Eu até comentava isto na Internet:
chega a 70 bilhões em um ano, e vemos muitos casos, e, muitas vezes, as pessoas
não acreditam. Na semana passada, eu estava no programa do Bibo Nunes, e ele
não acreditava que eu enfrentei um caso de estupro de um animal, e é coisa que
é diária. Atropelamento e estupro, para quem não vive isso, parece que é uma
coisa de outro mundo.
Nós tínhamos aqui, lamentavelmente, no Rio Grande
do Sul, a cultura do “barranqueamento” de éguas e de porcos, e isso não
acontece só com esses animais; acontece com animais inclusive domésticos, o que
é lamentável. Eu comentava nesse programa o caso do Buscapé, que eu era aquele
cachorro que havia sido estuprado por carroceiros durante muitos anos e,
inclusive, o seu ânus havia sido projetado para fora, e ele teve que fazer uma
cirurgia absurdamente delicada para conseguir seguir vivendo.
Ontem eu tive uma experiência muito positiva, ir ao
Canil Municipal, e aí eu quero fazer uma referência ao Canil Municipal de São
Leopoldo. Ver. Ferronato e Ver. Paulinho Motorista, o Secretário Brasil, da
Proteção Animal lá, é do PSB. Lá há um canil, inclusive, que eu nunca imaginei,
é dentro de uns morros para fora da cidade. Eu tenho procurado ir aos canis
para pegar de surpresa, para ver a realidade mesmo como é, e o que eu vi me
surpreendeu, que foi um canil muito organizado, com quase 300 animais – imagina
que, aqui em Porto Alegre, tem 500 na SEDA; em São Leopoldo, que tem 120 mil
habitantes – Fernanda, tu, que fostes militante do movimento estudantil comigo,
lá no DCE, lembras –, uma cidade muito menor do que Porto Alegre, tem 300 e
tinha 400, um pouco mais, mas eles conseguiram doar 150 animais. Então eu saí
muito feliz de lá por ver baias limpas, baias grandes, um conjunto de
funcionários trabalhando, o que prova que a Cidade tem amor pelos animais e cuida
dos seus animais. Fiquei muito contente, Prefeito Villela, por ter conhecido a
realidade do Município de São Leopoldo ontem.
Na volta de São Leopoldo, eu fui ver a realidade de
uma denúncia. Quem acompanha as denúncias diárias de maus-tratos deve ter visto a denúncia do caso da Vila Dique. Um animal preso em uma
coleira, sem comida, sem água e na chuva. Faço aqui um pedido público,
inclusive vou ao Secretário da Saúde reivindicar sobre um caso de centenas de
animais em maus-tratos, vou pedir que a SEDA vá lá e faça uma intervenção de,
no mínimo, castração e de acompanhamento dos animais que estão em situação
lamentável. Vou lutar muito pela delegacia municipal de animais. Hoje não há
nada. As pessoas não sabem nem a quem recorrer, ligam para a Brigada, para a
SEDA, para um gabinete ou outro, e acabam não sendo atendidas na maioria das
vezes. Por isso, é fundamental ter a delegacia dos animais.
Para concluir, quero
fazer uma saudação ao meu colega e amigo Casartelli, que está de volta à Casa.
Na semana em que tu te despediste, eu não consegui falar da importância de
estares nesta Casa. Espero que sejas candidato de novo, te lanço aqui, porque
és uma figura em quem eu votaria, quero te dizer isso abertamente,
publicamente. Para mim, tu és um dos melhores Vereadores. Passei a te admirar
por te ter como um amigo, como um irmão, uma pessoa que é referência para mim
em todos os quesitos, de ética, de opinião. Quero dizer que nossa posição
política é muito parecida. És uma pessoa a quem admiro bastante e espero que
voltes a esta Casa logo e concorra à eleição. Tu és uma pessoa que faz com que
a Casa do Povo seja valorizada.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadores, falo em nome da Bancada do PT, por seu Líder
Marcelo Sgarbossa, agradeço pelo espaço, porque represento a Bancada na
Comissão Especial das Instituições Infantis Comunitárias. Esta Comissão se
instalou no final do primeiro semestre e vem trabalhando com bastante
interlocução, seja com o Governo, seja com as entidades que atuam na área da
infância, em especial no atendimento às crianças de zero a cinco anos.
O Ver. Airto
Ferronato preside a Comissão, a Ver.ª Jussara está na vice-presidência, o Ver.
Cassio é o relator, Vereadores Kevin Krieger, e Ver. Janta já estiveram em
reuniões. A Comissão é pluripartidária, e acho que é uma Comissão que tem uma
grande responsabilidade, porque está fazendo uma escuta, que eu espero que seja
verdadeira, e tem consequências a dar, a partir do debate realizado com as
entidades. As entidades trazem, a esta Casa, mais uma vez, mas com um
agravante, que ao atenderem as crianças de zero a cinco anos... O Ministério Público
fez a Prefeitura assinar um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – em que a
Prefeitura afirma e informa os pais e mães, quando ligam, que a contribuição de
pais e mães não é obrigatória; é espontânea. Portanto, não tem mais o
compromisso do conjunto dos pais e mães de contribuírem com a instituição
infantil. Vocês imaginem o que significa isso, porque está sendo divulgado: um
convênio que cobre só o custo de pessoal das instituições infantis e
comunitárias; e de pessoal, ainda, salários baixos – muito baixos, a gente já
falou aqui várias vezes. Produz uma itinerância importante e de pessoal que não
cobre custas trabalhistas, no caso, de demissões, situações muito graves,
porque esse convênio convém à Prefeitura, porque quem assume a relação trabalhista,
o emprego e a demissão são instituições da comunidade, da sociedade. Imaginem
219 estão eternamente com problemas gravíssimos, porque, às vezes, uma demissão
custa R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$ 40 mil.
Então, nós temos, nestas cinco reuniões que
fizemos, construído, coletivamente e pluripartidariamente, propostas e caminhos
para um convênio que é, hoje, duas vezes, praticamente o dobro, da rede própria
do Município de Porto Alegre. Enquanto o Município de Porto Alegre investe R$
1,8 bilhão em educação, nesse ano, coloca R$ 55 milhões numa rede que é o dobro
da rede própria. Vamos explicar e repetir novamente para os Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras: na rede própria são 96 escolas, 86 ou 87 de Ensino
Fundamental e Médio, e 40 es colas de Educação Infantil. Considerando o Ensino
Fundamental muito maior, claro, do que a rede das instituições infantis
comunitárias. No entanto, pelo número, nós não temos cem próprias e temos 219
conveniadas. Temos, para a rede própria, R$ 1,75 bilhão; e para a rede
conveniada, R$ 55 milhões. Então é uma diferença muito grande, a gente sabe que
não está sobrando dinheiro nas escolas. Há dificuldades: espaço físico,
segurança, guarda na Educação Infantil, mas não é possível que não dê para
redimensionar algum custo na SMED. As nossas reuniões têm apontado
alternativas, como o fim do Unipoa, porque ele é Ensino Superior, enquanto a
gente massacra a Educação Infantil, de responsabilidade exclusiva do Município.
Isso não é possível, não é sustentável e não é ético. Então, temos apresentado
alternativas, e, diante dessa incongruência de que o Município cobre todo o
custo, mas também diz que a contribuição é espontânea, chegamos num limite,
chegamos num impasse, e esse impasse precisa de alternativa. E nós esperamos
construir essas alternativas com o Governo, com a Câmara – a Câmara com a sua
autonomia e com a sua força –, na LDO, no Orçamento e em outras políticas que
são extremamente necessárias. Ou criança é prioridade no Orçamento ou não é
prioridade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Sr.
Presidente. Eu queria, na verdade, registrar, nessa tribuna, primeiro, o nosso
apoio também à luta das creches conveniadas, das escolas infantis, a luta por
mais recurso para a educação. Vejo a Ver.ª Jussara, uma grande lutadora dessa
área, que está trazendo os dados com relação aos repasses e valores
insuficientes para garantir toda a rede e todos os equipamentos necessários
para as nossas crianças conveniadas.
Eu queria, neste
tempo de liderança do PSOL, fazer um registro da atividade que a Câmara
promoveu, hoje de manhã, e cumprimentar o Presidente, Mauro Pinheiro e o
Parlamento Jovem. É uma iniciativa muito interessante. Eu recebi os jovens
Vereadores na Comissão de Direitos Humanos, e pudemos ajudar, por um lado,
mostrando as produções da Comissão, como o diagnóstico da rede de assistência
das mulheres, o relatório de violência policial no Mais Bela Vista, o mapa da
segurança produzido no ano passado, e o nosso projeto, Ver. Alex e Ver.ª
Mônica, com relação ao combate à homofobia dentro das escolas. Eles ficaram
muito encantados. Uma das escolas, a Larry, inclusive vai propor um projeto
muito parecido com o da nossa Comissão. Então, eles ficaram contentes, porque
já estava tramitando na Câmara um dos temas trazidos pela juventude, pelos
professores, mas, mais do que isso, pautaram temas muito gerais da cidade de
Porto Alegre.
Estavam presentes os
Parlamentares Jovens eleitos nas Escolas Victor Issler, Mário Quintana, Larry,
Ildo Meneghetti, São Pedro – o Ver. Alex pode me ajudar se esqueci de alguma –,
com vários projetos que nos chamaram a atenção pelos temas trazidos pela
juventude. Primeiro, a questão da presença da Guarda Municipal nas escolas,
Ver. Alex. Eu, inclusive, falei da Frente Parlamentar de Combate à Violência
nas Escolas. Foi unânime – apareceu em três propostas de escolas – o tema da
presença da Guarda nas escolas, de forma permanente, e a necessidade do
provimento, por concurso público, desses trabalhadores. Então, bem coetâneo com
o que temos lutado aqui na Câmara, no sentido de garantir que haja o concurso
público, mas, mais do que isso, que haja o chamamento dos concursados para
atender a esta demanda nas escolas.
Em segundo lugar, o
tema da política para os jovens que cumprem medidas socioeducativas na FASE. Um
dos projetos que veio das escolas é no sentido de ter uma política cultural
para essa juventude, na FASE, assim como um projeto educacional, e, mais do que
isso, ter uma política de combate ao preconceito, para que, depois, os jovens
tenham acesso ao trabalho. Então, fiquei muito contente em ver que a juventude
está pensando políticas de fundo para a questão da segurança pública, para a
questão do combate à reincidência, mas, sobretudo, para dar uma oportunidade
para os jovens, porque, às vezes, nos entristecemos quando vemos essas linhas
repressivas e absurdas que o Brasil vem desenvolvendo ao longo dos anos que só
se mostraram falidas, que fizeram com que aumentasse a população carcerária e
também a violência, uma política falida de segurança pública. Enquanto a gente
vê que os jovens estão preocupados com a política efetiva, é um grande orgulho
para a nossa Comissão o debate da segurança pública vinculado aos direitos
humanos, o debate sobre a política nas periferias e sobre a discriminação com
os jovens da periferia. Eu fiquei muito preocupada quando houve o relato de uma
professora dizendo que todos os meninos da sua sala de aula tinham ido para o
paredão! Adolescentes. Porque nós vivemos no Brasil uma lógica de
criminalização da pobreza, de formação para tentar criminalizar os jovens da
periferia, e, muitas vezes, o único aparato que aparece é a repressão do Estado
e não uma política de cultura, de lazer, de esportes.
Outro tema que apareceu foi o tema do assédio
sexual dentro dos ônibus, uma sugestão da Escola Ildo Meneghetti. Assim como a questão da
infraestrutura, Ver. Kevin Krieger, no Bairro Mario Quintana, várias sugestões:
a questão do saneamento, da segurança, do próprio ginásio e dos equipamentos da
escola. Eu anotei tudo durante a reunião e eu tenho certeza de que o Presidente
vai encaminhar junto ao Governo, pressionado o Governo, para que a voz desses
jovens seja ouvida. E eu quero parabenizar a iniciativa do Parlamento Jovem e
dizer que foi uma manhã muito produtiva para nós, da Comissão de Diretos
Humanos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. KEVIN
KRIEGER: Ver. Paulo Brum, presidindo a nossa Sessão, eu gostaria de solicitar
que nós pudéssemos entrar imediatamente na Ordem do Dia. Já conversei com todos
os Vereadores e todos concordam.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum – às 14h40min): Havendo quórum, passamos à
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, conforme o combinado, hoje
discutiremos e devemos votar a LDO, porque há um prazo legal. Mas houve uma
combinação na reunião de Mesa e Lideranças, na quinta-feira, que o projeto que
trata das ruas de convivência seria o primeiro a ser votado hoje. Então, em
nome dessa combinação e por acreditar que este projeto será aprovado – não
haverá polêmica –, faço o requerimento para que se vote primeiro este projeto e
depois iniciemos a discussão e votação da LDO, com suas emendas.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, só pondero que já foi iniciada a discussão, então o
normal seria continuarmos a discussão da LDO.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Como já foi iniciada a discussão e existe um
prazo a ser cumprido por este Legislativo, vamos indeferir o Requerimento do
Ver. Marcelo Sgarbossa.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sr. Presidente, posso encaminhar o Requerimento?
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Não, nós já indeferimos o seu Requerimento.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu faço um recurso, porque não há previsão regimental do que foi
colocado neste momento.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Perfeito, V. Exa. pode fazer o recurso.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1959/15 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 024/15, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2016. Com Emendas nºs 01 a 33.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e
das Emendas nºs 01, 03, 06, 07, 08, 18, 23 e 24, e pela rejeição das Emendas
nºs 02, 04, 05, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 27,
28, 29, 30, 31, 32 e 33.
Observações:
-
para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos
Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;
-
o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do
art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
-
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 2º, do
Regimento);
-
incluído na Ordem do Dia em 28-09-15;
- discutiu a matéria o
Ver. João Carlos Nedel em 05-10-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLE nº 024/15. (Pausa.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, quero falar sobre a importância da
discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nós temos o Plano Plurianual, que
rege, ou que deveria reger o planejamento orçamentário durante quatro anos; a
Lei de Diretrizes Orçamentárias, que são as janelas e as diretrizes de
programas que depois nortearão o Orçamento; e, depois, o Orçamento, que nós
votamos sempre no final do ano, com os valores destinados a cada uma das áreas.
Sobre a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias,
é evidente que nesse processo devem ter diretrizes que contemplem programas que
precisem ser implementados na cidade de Porto Alegre. Por isso nos causa
estranheza, não só estranheza, porque nós, infelizmente, já conhecemos essa
prática do Governo de rejeição de algumas emendas que são muito importantes,
como a efetivação de leis municipais que tratam do tema da violência nas
escolas, que o Ver. Prof. Alex resgatou com o seu trabalho e que abriu uma
janela na LDO, e o Governo rejeitou! Uma política para garantir que a gente não
assista mais a barbaridade que tem se expressado em relação à violência dentro
das escolas. Lá na Restinga, foram três escolas atacadas, furtadas, roubadas.
Pior ainda é quando existe um tiroteio na proximidade das escolas, o que,
lamentavelmente, acontece. É evidente que é preciso uma política de segurança
pública que priorize o círculo completo de segurança, que tenha um sistema
integrado de investigação, que tenha, sim, concurso público para suprir a falta
de policiais civis e brigadianos, mas também uma outra lógica, que é priorizar
e ampliar as divisões de delegacias de homicídio para poder investigar, mas o
Governo Sartori foi lá e cortou um programa que nasceu da experiência. Eles
cortaram e nós estamos, de novo, com índices altíssimos de homicídios na cidade
de Porto Alegre. Claro, é preciso uma política estadual, como eu dizia; é
preciso que o Governo Federal também se responsabilize pela segurança pública;
é preciso que o Governo Municipal também o faça, mas é fundamental uma política
efetiva dentro das escolas, com as crianças, com os professores, com a
comunidade escolar, para que se possa ter políticas preventivas dentro da nossa
Rede Municipal. E o Governo vai lá e rejeita a emenda do Ver. Prof. Alex. Eu
sei que a nossa emenda do Plano Municipal do Livro e da Leitura foi a única
aceita, o que é bastante importante, mas já é uma lei municipal votada no final
de 2011 e sancionada no início de 2012. Uma lei votada, que prevê metas de
desenvolvimento das políticas do livro e da leitura, com previsão de ampliação
e contemplando os quatro eixos: a descentralização, a economia criativa, a
questão do valor simbólico do livro, o fomento à leitura e à formação de
mediadores. Pois todo ano nós temos que gravar recursos no Orçamento e na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, porque já não vem na Peça do Governo. Todo ano nós
temos que, por aqui, fazer essas emendas, o que, obviamente, mostra que esta
Casa, que teve um papel fundamental na aprovação do Plano Municipal do Livro e
da Leitura, sabe da importância da lei, evidentemente. Mas eu espero que quando
a gente receba o Orçamento, este ano, a gente veja recursos. Caxias do Sul, que
é uma cidade que tem um Orçamento menor que Porto Alegre, investe R$ 400 mil no
Plano Municipal do Livro e da Leitura. Em Porto Alegre, este ano, nós
conseguimos a liberação de apenas R$ 65 mil, e graças à nossa emenda, à minha
emenda no Orçamento do ano passado, entraram esses recursos. A Prefeitura só
tinha destinado R$ 15 mil. Nós temos mais R$ 100 mil com projetos para equipar
as nossas bibliotecas, para comprar mobiliário, para comprar computadores, para
garantir políticas de leitura em todos os suportes que a informação oferece, e
o Governo não libera esses recursos! Então, a gente insiste em dizer que,
infelizmente, o Orçamento e a própria Lei de Diretrizes Orçamentárias têm sido
uma peça de ficção científica. O Governo bota programas, a exemplo do Programa
da Saúde da Mulher, que nunca são executados. São projetos importantes sobre
vários temas que vamos discutir no Orçamento, mas que não são retirados do
papel, que são contingenciados, e são políticas públicas fundamentais para o
povo de Porto Alegre. Eu começo discutindo a LDO falando que nós destacamos as
nossas emendas, que foram rejeitadas, para poder fazer uma discussão profunda
na tarde de hoje.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Tratamos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, e eu vou me deter num tema,
e depois nós vamos enfrentar a emenda. Eu já falei em Liderança, mas quero
trazer um aspecto importante. A emenda que o Vereador Relator rejeitou, que eu
apresentei no ano passado e este ano de novo, é uma emenda relativa ao Fundeb –
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica; custo/aluno Fundeb –
instituições infantis conveniadas com a Prefeitura
Eu queria
conversar com tranquilidade sobre esse tema com os Vereadores e Vereadoras. O
Fundeb é um fundo de financiamento da Educação recente, ele é de 2007, vai até
2010. Antes do Fundeb – portanto até 2006 –, tínhamos o Fundo de Financiamento
do Ensino Fundamental, que não permitia que as matrículas de Educação Infantil,
Ver. Nedel, entrassem para o censo e para a prioridade orçamentária. Então,
havia uma vinculação de recursos para a Educação e não estava incluída a
Educação Infantil. O Fundeb muda EMEI/Ensino Médio. O Fundeb captura 20% de
todos os impostos e inclui matrículas de Educação Infantil e de Ensino Médio. A
partir, portanto, de 2007, conseguimos incluir as nossas instituições infantis
conveniadas, inclusive por emenda da nossa Bancada que foi apoiada e articulada
pela Deputada Federal Maria do Rosário – e nós tivemos, aqui, manifestações de
todas as creches comunitárias –, na lei do Fundeb, fazendo com que as
matrículas de instituições infantis comunitárias pudessem contar para o Fundeb.
E a Prefeitura de Porto Alegre, hoje, no ano de 2014, colocou no Fundeb, no
censo, 11 mil crianças que são das escolas infantis comunitárias conveniadas,
aí recebem de volta, senhores, por cada criança – daquela captura que o Fundo
faz –, 15%, 30%, dependendo da faixa etária, a mais do que repassa para o
convênio. Então, isso é perverso porque o convênio já é aquém das necessidades
dessas instituições infantis comunitárias, que todos os senhores e as senhoras
conhecem alguma, pois já apoiaram, já foram em festa. O Ver. Nedel já sabe que
a Irmã Conceição, por exemplo, recebe – Ver. Nedel, com o seu coraçãozinho
dedicado às crianças – menos que o Fundeb; e isso é profundamente injusto. A
nossa Comissão Especial, a Comcreches, tem aprofundado esse tema e visto que
não é possível aceitar a redistribuição da miséria. As creches que faltam para
ingressar no Fundeb é a maior responsabilidade da Prefeitura, porque elas não
estão adequadas no espaço físico, porque a área não é regular, ora, isso o
DEMHAB e a PGM poderiam ajudar. O recurso é tão pequeno que mal dá para usar
para o pessoal, não dá para exigir que elas usem para o espaço físico. Então, o
Poder Público que dá conta de uma responsabilidade exclusivamente sua, que é o
atendimento do zero aos cinco anos, poupam muito dinheiro com as instituições
infantis comunitárias. Então, o mínimo que poderia repassar, Ver. Nedel, é o
valor/aluno Fundeb; eu acho que esta Câmara deve indicar isso para a
Prefeitura, indicando justiça e uma prioridade orçamentária. O Município de
Porto Alegre, antes das creches entrarem no censo, deixava no Fundo R$ 40
milhões, Ver. Casartelli. Quando foram entrando as matrículas da Educação
Infantil Comunitária, as 11 mil, hoje – não sei se há alguém do Governo – é
menos de R$ 10 milhões que a Prefeitura deixa no Fundo, é menos, acho que são
uns R$ 8 milhões, e ainda podem buscar esses recursos, e nós vamos buscar
trabalhar isso na próxima reunião da Comcreches. Então, vejam, as instituições
infantis só beneficiam a Prefeitura, e é justo que elas recebam pelo menos o
custo/aluno Fundeb, e isso é o que propõe a minha emenda, Ver. Paulo Brum, um
lutador pelas crianças com deficiência. É simples, é justo, e não é
estrambótico ou estratosférico para a Prefeitura cumprir.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Paulo Brum reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, estamos discutindo a LDO e eu
gostaria de fazer algumas observações com relação à rejeição do Parecer da
CEFOR, que não representa na totalidade a realidade e tampouco sustentação
técnica e jurídica para algumas das minhas emendas. Mas antes de entrar na
defesa da aprovação das minhas emendas, gostaria, mais uma vez, de falar nesta
tribuna a minha preocupação, e até propor, quem sabe, uma audiência
extraordinária para esclarecermos os déficits do Previmpa que estão
apresentados nas páginas 53 e 56 da LDO de 2016 para que possamos deixar
absolutamente tranquilos os municipários de que suas aposentadorias estejam
garantidas e que os planos de aposentadoria também sejam sustentáveis, porque
já vimos exemplos muito tristes neste País de problemas de fundos
complementares bem no momento em que as pessoas necessitam de uma aposentadoria
mais tranquila. Mas também quero dizer que falei com a direção do Previmpa, e
eles têm essa preocupação, têm bons atuariais que estão verificando essa
questão. Até para esclarecer, seria oportuno vir até as Comissões para trazer
as informações técnicas.
Sobre as minhas
emendas, eu entendo que o problema de que o sistema do PPA desenvolvido pela
Procempa e não aceitar mais de um produto, ou seja, meta, não pode ser
impeditivo para a fixação de mais produtos e metas, pois a lei que estabeleceu o PPA 2014-2017 não fixou em apenas um
produto por ação. Portanto, nem eu como parlamentar, nem qualquer um dos
parlamentares, estamos aqui sendo submetidos ao dito problema técnico da
Procempa, ou da Secretaria de Planejamento Estratégico e Orçamento. Porque nós
sabemos, quem veio da área de sistema informatizado de antigamente, nós
tínhamos um “puxadinho” dentro do sistema que os analistas chamavam
popularmente de bacalhau, que é um ajuste que não descaracteriza o sistema
principal. E se isso é um problema, sabemos que temos grandes técnicos nos
quadros da Procempa que poderiam resolvê-lo. Pois para controlar uma ação, em
pleno 3º milênio, a Prefeitura gasta R$ 100 milhões por ano com a Procempa. E
não há condições de termos o sistema alterado? Claro que há; basta aproveitar
os técnicos, que conhecemos bem na CPI da Procempa, aqui, que são bem
capacitados, com bons currículos, com cursos até fora do País.
Também quero
ressaltar que o Prometa foi desarquivado pela Ver.ª Jussara Cony. É de origem
do ex-Vereador Sebastião Melo, Vice-Prefeito, e aprovado aqui. Mas o que é o
Prometa? São metas. E como é que nós não vamos aprovar metas agora, se nós
aprovamos o Prometa para melhorar a gestão Municipal? Então, essas desculpas da
assessoria sobre as minhas emendas não aprovadas não me convencem. Nem
tecnicamente. Então, entendo que dizer que falta de criatividade para
conceituar as minhas emendas, é desconhecimento do que é gestão de políticas
públicas para animais domésticos nesta Cidade. Tamanha é essa falta de
criatividade, digamos assim, que as emendas que fiz para o 156 não foram rejeitadas.
E elas têm também a inclusão de produto e meta por ação. Enquanto que as
emendas em prol dos animais, seja para a SEDA, seja para o DMLU, têm rejeição.
Observo que essa prática é continuada e recorrente. Mas quero dizer que faço
política por causas, por ideias, por ideais. Não faço política por interesses
ou por cargos, ou mesmo a política de holofote ou das fotinhos abraçada com
cãezinhos, ou ainda carregando saco de ração. Isso não é para Vereador! Faço
política para criar leis, que resulte em políticas públicas, que garantam a
melhoria dessa situação, evitando a procriação indiscriminada, evitando a
questão de saúde pública, evitando o desgaste que a população tem, quando não
tem para onde recorrer. É isso que eu tenho a dizer na situação que apresentei
emendas para os animais.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Obrigado, Vereadora. O Ver. Prof. Alex Fraga está
com a palavra para discutir o PLE nº 024/15.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde a todos os Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste
nas galerias e pela TV Câmara. Estamos em discussão da Lei de Diretrizes
Orçamentárias para o ano de 2016. Muitos Vereadores desta Casa propuseram
emendas; como muitas delas, rejeitadas, foram destacadas para um debate posterior,
eu não vou me alongar muito. Eu gostaria apenas de manifestar a minha
preocupação com relação ao grande número de emendas rejeitadas. Nós tivemos,
aqui, um total de 25 emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias que tiveram a
rejeição pela CEFOR; e apenas, de todas essas, apenas oito foram aprovadas.
Sobre algumas dessas emendas – em especial eu me ative as três que eu propus, e
pretendo discuti-las, posteriormente, uma a uma –, eu analisei as razões pelas
quais elas foram rejeitadas, e, convenhamos, algumas dessas explicações não
satisfazem a ninguém. Eu acredito que a Vereadora que foi a campeã de rejeições
na LDO foi a Ver.ª Lourdes Sprenger, que teve, massivamente, as suas propostas
rejeitadas; algumas delas, a minoria, tiveram a aprovação da CEFOR. Isso me
surpreendeu bastante. Convenhamos, existem certas áreas que são descobertas.
Com relação, em especial à área de segurança do Município de Porto Alegre, nós
percebemos que, a cada evento, ouve-se uma série de justificativas: isso não é
atribuição da Prefeitura Municipal; isso é atribuição do Governo Estadual, isso
é atribuição da Brigada Militar. Porém o nosso Município tem, sim, as suas
responsabilidades – responsabilidades não para policiamento ostensivo, que é o
que o Governador José Ivo Sartori sugeriu, que as Guardas Municipais fizessem
policiamento ostensivo, cumprissem um papel que é natural à Brigada Militar.
Isso não!
Nós, no Município de Porto Alegre, devemos ser
pró-ativos, não reativos! Nós devemos propor instâncias, fóruns de debate para tentar
minimizar, diminuir a taxa de violência na nossa Cidade, e não apenas fazer o
combate às ações, aos criminosos, às facções criminosas. Devemos pensar
adiante. E esses fóruns, esses debates são pouco estimulados no Município de
Porto Alegre, dentro de uma política global. Existem alguns fóruns regionais
que funcionam muito bem; é o caso do fórum de debate na Lomba do Pinheiro, onde
há uma regularidade dos encontros e uma seriedade na discussão. O fórum
Partenon também tinha bastante força, mas perdeu fôlego ao longo do tempo. E o
Município de Porto Alegre precisa ser pró-ativo! Nós precisamos olhar adiante,
fazer a nossa parte para depois não ficar o tempo inteiro reclamando que o
efetivo da Brigada Militar é insuficiente – e é, infelizmente! Mas, como
Cidade, precisamos também tomar iniciativas, e essas iniciativas são muito
modestas. Precisamos avançar nesse tema.
Com relação à educação, a Ver.ª Sofia Cavedon fez
uma exposição muito boa. Nós precisamos também um cuidado especial,
principalmente, com relação à nossa educação básica. O Município de Porto
Alegre é responsável pela educação infantil, porém terceiriza esse serviço. Nós
precisamos avançar em políticas que garantam uma qualidade de atendimento para
essas crianças, mas, infelizmente, muitos debates morrem na casca e não
avançam. Então, uma boa discussão para todos nós e vamos adiante. Boa tarde.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu gostaria de vir a
esta tribuna na condição de Líder do meu partido, o PCdoB, que, neste momento,
conta também com a presença importante de mais uma mulher de luta nesta Casa,
que é a minha companheira, minha camarada Titi Alvares, Presidente do nosso
partido no Município de Porto Alegre; portanto, vem agregar mais valor à nossa
bancada em uma discussão importante como esta.
Então, como Líder do PCdoB e também como de
oposição, eu gostaria de debater a nossa Lei de Diretrizes Orçamentárias a
partir de bons resultados para a cidade de Porto Alegre, Ver. Alex. No entanto,
com o quadro do modelo de gestão que temos do Governo Fortunati/Melo, na nossa
opinião, um modelo conservador de gestão, são maus os resultados
administrativos. Vou ficar nos resultados administrativos por enquanto, porque
a Lei de Diretrizes Orçamentárias, assim como o Orçamento, expressam, sem
dúvida nenhuma, as prioridades de uma gestão, as prioridades de uma gestão em
torno e para um projeto da Cidade. A escolha, é, portanto, por um modelo de
cidade que está estagnada. Ao discutir a LDO, é isto o que nós vemos: que não
se moderniza, que não se atualiza e que não incorpora, infelizmente, as novas e
justas demandas populares e democráticas, mas também não incorpora aquilo que
nós entendemos como estratégico para uma gestão, que é o aproveitamento do
desenvolvimento da ciência, da tecnologia da inovação aliados à outra riqueza
que temos no Município de Porto Alegre, que não aproveita também a expertise de seus trabalhadores de
carreira nas mais diversas áreas de ação de políticas públicas, porque são eles
que estão lá na frente para implantar as políticas públicas. Na realidade, se
vivencia um projeto de cidade de costas para as justas demandas da população, o
que vai fundamentando – aí é que eu acho gravíssimo isso – os processos de
terceirização do público, e isso rebaixa a qualidade dos serviços e custa muito
caro não só para a gestão, mas, principalmente, para os munícipes.
Os balanços financeiros mostram um histórico de
queda nos resultados desde 2008, se agravando em 2012 e 2013, o que mostra uma
defasagem entre arrecadação e despesas. Pior: o déficit previsto para a LDO em
2016 é da ordem de quase R$ 301 milhões, o maior desequilibro orçamentário em
30 anos na cidade de Porto Alegre. Um dos mais nefastos resultados, inclusive
da desastrosa política econômica, foram os profundos cortes nos investimentos
previstos ainda em 2014. Sabemos que vivemos uma crise nesta Nação, uma crise
econômica que é fruto da crise do processo do sistema capitalista e que chega
ao mundo inteiro, e com grande atraso, inclusive, ao Brasil. Mas não é
admissível cortar mais de meio milhão dos investimentos previstos para a
Cidade. O resultado é aquele que se reflete no cotidiano da nossa Porto Alegre:
no saneamento, no combate às enchentes, no transporte e circulação, nas obras
viárias como BRTs e aeromóvel, na duplicação e prolongamento das vias arteriais
atrasadas ou não executadas. Isso talvez explique a falta de respostas aos
pedidos de informações que a nossa bancada – também como Líder de oposição –
para podermos exercer uma oposição consequente, à altura do povo de Porto
Alegre, não recebe do Governo do Município.
Essa rápida análise nos mostra que está mais do que
na hora de nós termos o modelo de cidade que apresente novas sugestões, formas
diferentes das tradicionais gestões para Porto Alegre sair da estagnação e para
se conectar às novas realidades, com os novos tempos, com as novas demandas do
povo, com um novo projeto de Nação, com desenvolvimento, com democracia, com
soberania e, fundamentalmente, garantindo os direitos inalienáveis do nosso
povo em políticas públicas que o Município tem que dar conta, porque é de sua
responsabilidade.
Este é um primeiro momento de discussão, e essa é
uma parte da opinião do nosso Partido Comunista do Brasil.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. MARCELO
SGARBOSSSA: Boa tarde a todos e a todas. Eu não tenho como não subir aqui, e vou
fazer uma análise com a ajuda de pessoas que estudaram como anda a previsão de
investimento na Lei Orçamentária anual e o que efetivamente se conseguiu fazer.
Depois, vou trazer alguns números. Mas tento chamar a atenção do que aconteceu,
de ter sido feito um Requerimento e ele ter sido indeferido. Depois nós
discutiremos isso, verei com o Líder do Governo se há uma disposição de
conversarmos um acordo político com relação ao projeto das ruas e convivências.
Mas eu quero
falar da LDO. Nós temos um levantamento de 2015 e de 2014, e conseguimos ver
que as receitas próprias do Município estão em elevação; IPTU, 7,4% em elevação
em relação a 2014; ISSQN, menos 0,8; ITBI menos 8,1. Então, se somarmos as
receitas próprias, temos,praticamente, um empate, no caso aqui, é negativo por
pouco.
Na questão das transferências, o Fundo de
Participação do Município teve uma redução de menos 0,3; o SUS, menos 4,1; o
IPVA, um aumento de 2,3; e ICMS, 1,7. Então, tivemos, nesses últimos dois, um
leve aumento de 1,7 e 2,3.
Há outros dados aqui com relação a 2014 e 2013, mas eu me concentrarei
na questão dos investimentos. A Lei Orçamentária Anual de 2015 está prevendo um
investimento de R$ 910 milhões, e, infelizmente, foram empenhados apenas 31%,
R$ 285 milhões até o momento, até o dia 06 de outubro, agora. Liquidados, R$
158 milhões, ou seja, apenas 17%. Traduzindo numa linguagem mais simples: O
Governo estimou o que investiria e conseguiu, efetivamente, investir, que é
aquilo que foi liquidado, apenas 17%. O que esse número revela, Prof. Alex? Uma
falta de capacidade de gestão. Faz a previsão, mas só consegue executar 17%
daquilo que se comprometeu a fazer, porque, obviamente, quando diz que fará um
investimento de R$ 910 milhões, consegue empenhar, ou seja, comprometer apenas
31%, e consegue liquidar naquilo que efetivamente foi pago, no sentido de
investimento, apenas 17%. Então, vejam, em 2014 não foi diferente, foi um pouco
melhor, fez uma previsão de R$ 1.338.000.000,00
e foram liquidados apenas R$ 306 milhões, ou seja, apenas 29%, efetivamente.
O Sr. Cassio
Trogildo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Marcelo, se o senhor puder repetir, porque eu acabei não
captando. O que o senhor estava falando dos R$ 910 milhões?
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Vou repetir. Estava falando dos investimentos de
2015. Até o dia 06 de outubro, nós temos, pela Lei Orçamentária Anual de 2015,
R$ 285 milhões empenhados, numa previsão de R$ 910 milhões, ou seja, apenas 31%
foram empenhados.
O Sr. Cassio
Trogildo: Em algum programa específico?
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Não, eu estou falando do Orçamento em geral. Não
estou entrando em cada orçamento, em cada programa, estou falando, no geral, o
quanto daquilo que prevê o Governo – em 2014 não foi diferente – e o quanto
consegue, efetivamente, executar, ou seja, aquilo que foi efetivamente
liquidado. Eu estava referindo que, em 2014, foi um pouco melhor. Então, em
2015, até o momento, foram liquidados apenas 17%. Trata-se de uma questão de
gestão, prever e não conseguir fazer. Em 2014, um pouco melhor, em vez de 17%
até o dia 06 de outubro, conseguiu liquidar apenas 29%, ou seja, R$ 306
milhões. Vejam, se estamos falando em previsões orçamentárias e compromissos que
o Governo assume, esses compromissos precisam ser cumpridos, honrados
minimamente. Estamos falando em 17%. Tudo que discutirmos aqui a seguir, nessa
linha, do que nos comprometemos, do que votaremos, aqui, só 17% serão
efetivamente liquidados, essa é a expressão mais correta. Então, realmente, a
gente coloca à prova, perante a sociedade, o quanto é relevante toda a
discussão orçamentária, se apenas 17% dela acontece na vida real das pessoas.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ver. Paulo Brum): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
acompanha, eu solicitei ao Ver. Reginaldo Pujol, que falaria imediatamente depois
do Ver. Marcelo, que nós trocássemos, pois eu era o próximo, até para poder
complementar o aparte, pelo qual agradeço ao Vereador, para que eu pudesse
fazer um questionamento.
Ver. Marcelo, este tema tem sido trazido pela
Bancada do PT reiteradamente, a questão dos investimentos não cumpridos.
Precisa mais uma vez ser explicado, Ver. Cecchim, que tu orçamentas alguma
coisa porque tem um financiamento. O contrato te obriga a orçamentar coisas que
vão acontecer ao longo de um ano, dois anos, três anos, como é o caso de todas
as obras de mobilidade, que, desde o início, estão orçamentadas em R$ 826
milhões, o total do valor das obras. E isso vem sendo executado ao longo do
tempo. Portanto, chamar de incompetente quem cumpre um preceito legal não
condiz com a realidade. Na verdade, isso é uma necessidade, Ver.ª Lourdes.
Quando se faz um contrato, precisa-se ter orçamentado; para receber o
financiamento tem que estar estabelecido o valor do orçamento, mas numa dotação
de financiamento. Logicamente que isso precisa ter uma separação. Como a Lei de
Diretrizes é anual e a Lei Orçamentária é anual, cada vez vai ser repetido o
saldo disso não executado, ano a ano. Então, não há que se falar aqui de
valores que são previstos e não são executados, Ver. Reginaldo Pujol.
Logicamente, aí estão todas as obras de mobilidade e vão estar, agora, as obras
de saneamento, que foram anunciadas aqui pelo Secretário Tarso Boelter, R$ 236
milhões; vão acontecer ao longo de três anos. Portanto, vai ter repetição. No
ano que vem, vão dizer R$ 236 milhões, Ver. Mendes, orçamentados, e foram
executados só 10%, porque é uma obrigatoriedade para assinar o contrato.
Mas nós estamos falando de uma Lei de Diretrizes e
de uma Lei Orçamentária, que logo estará nesta Casa, de R$ 6,5 bilhões, que é o
que corresponde ao nosso Orçamento para a cidade de Porto Alegre, previsto para
o ano de 2016.
Cada vez que tratamos aqui de Lei de Diretrizes e
de Lei Orçamentária, eu não posso deixar de lembrar que, desde 1988, Ver.ª
Lourdes, os Municípios cada vez mais têm tido responsabilidades: a assistência
social é municipalizada, a saúde é municipalizada, os encargos com a educação
são cada vez mais de responsabilidade dos Municípios. Contudo, Ver. Alex, o
senhor é da área da Educação, os recursos não são repassados, Ver. Mario
Manfro, na mesma perspectiva. Hoje, nós temos uma distribuição tributária no
País em que 57% de tudo o que se arrecada fica com o Governo Federal, mas quem
executa é o Município, quem executa são os quase seus 6 mil Municípios. Depois,
25% fica com os Estados, e os Municípios ficam com apenas 18% do Orçamento.
Portanto dizer que nós não somos modernos, que nós não estamos priorizando...
Porto Alegre vem, nos últimos dois exercícios, 2013 e 2014, investindo quase
29% em educação! O piso constitucional é de 25%. Porto Alegre investiu, em
2013, 28,456% e, em 2014, 28,63%. E não é suficiente! Nós estamos, agora,
trabalhando, o Ver. Ferronato preside, na Comissão Especial das Creches, onde
são 12 Vereadores. Hoje pela manhã estávamos lá, Ver.ª Jussara, eu, Ver. Kevin,
Ver.ª Sofia, Ver. Mendes Ribeiro, Ver. Waldir Canal, dentre outros que fazem
parte da Comissão, e estavam lá as escolas de Educação Infantil dizendo que não
têm condições mais de cumprir com aquilo a que se propõem, porque o recurso que
o Município passa efetivamente é pouco, não é suficiente! E mais, o Ministério
Público, Ver. Ferronato, orientou o Executivo Municipal que fizesse um aditivo
nos Termos de Compromisso dos convênios com as entidades, dizendo que as
entidades não podem cobrar! Então o Executivo não consegue passar o suficiente,
porque já gasta quase 29% e não tem mais de onde tirar, e o Ministério Público
diz: vocês têm que orientar as instituições a não cobrarem, somente doações!
Faz-se o que com as cem crianças, com as 120 crianças que têm em cada uma das
unidades!? Hoje pela manhã eu disse que...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Cassio Trogildo prossegue a sua
manifestação de discussão do PLE nº 024/15, a partir deste momento, por
cedência de tempo do Ver. Kevin Krieger.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Obrigado, Ver. Kevin Krieger. Eu disse, hoje pela manhã, que os
dirigentes das instituições são verdadeiros heróis, porque cada um deles tem
cem, 120 crianças que estão lá e que eles têm que cuidar! E são 16 mil crianças
que estão nessa condição. E eu aqui parabenizo o Ver. Ferronato por ter
proposto essa Comissão Especial na qual estamos conseguindo, sim, aprofundar
esse tema e discutir alternativas. E uma das alternativas, e não foi proposição
minha, é de que se faça uma emenda já na LDO – levantou a mão a Ver.ª Sofia,
não sei se é dela a autoria da ideia, mas é da Comissão –, para que os recursos
que anualmente sobram ou que não são executados na Câmara Municipal possam ser
transferidos diretamente para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente
para subsidiar lá as nossas instituições de Educação Infantil. Então, já houve
uma grande conversa com o Líder do Governo, com as lideranças de oposição, com
os demais líderes, para que possamos, conjuntamente com o Governo, fazer a
emenda na LDO, uma janela, porque não sabemos quanto, efetivamente, não será
utilizado do Orçamento da Câmara Municipal. E, depois, na Lei Orçamentária
Anual, a mesma coisa: a janela fica lá, e os recursos que efetivamente não
forem utilizados, por economia de utilização da Câmara Municipal, que possam
ir, então, para essa importante área de atuação onde nós temos 16 mil crianças
atendidas nesse sistema de conveniamento, que é muito antigo, não foi a atual
Administração que criou, que inventou; e também mais 15 mil crianças que são
atendidas na Assistência Social, no turno inverso, e que também poderão
utilizar esses recursos que, porventura, vêm sobrando anualmente. Se não me
engano, no ano passado, foram R$ 3 milhões que a Câmara Municipal acabou não
conseguindo executar. E isso é recurso da nossa quota, que não utilizamos nos
gabinetes, em que há um valor previsto, e, na média, são utilizados de 50 a
60%, no máximo, dos valores. Isso acaba sobrando e voltava para o caixa único
do Município. Essa intenção aqui, essa ideia que surgiu lá na Comissão, e que
agora está virando uma proposição dos 36 Vereadores desta Casa, é que fique
consignado na LDO, que estaremos votando hoje, e também na LOA, que o saldo
desses recursos vá para o Fundo Municipal da Criança e que seja utilizado na
Educação Infantil e também na Assistência Social, no turno inverso, áreas que
efetivamente têm que ter melhor atenção. O Executivo tem dado atenção, mas os
recursos não têm sido suficientes para o melhor atendimento.
Acho que esta Casa, decidindo favoravelmente a essa
emenda na LDO e no Orçamento futuramente, estará dando uma demonstração de que
quer ajudar a solucionar esse problema e contribuir para que as nossas crianças
possam ter um melhor atendimento e que não lhes falte aquilo que é essencial
nas creches comunitárias, que existem há tanto tempo, criadas no espírito do
atendimento da comunidade, quando não havia nenhuma subvenção pública, e que,
ao longo do tempo, foi-se verificando que era preciso, sim, o Poder Público
auxiliar. Agora, cada vez mais, em função de não poder mais existir a
obrigatoriedade dos pais contribuírem realmente faltam recursos, acabam não
sendo suficientes para a folha de pagamento, encargos, a alimentação, a água e
a luz, que sabemos que é um peso bastante grande.
Então eu queria agradecer aqui, primeiramente, a
iniciativa da Comissão Especial das Creches, a participação de todas as
entidades, porque já tem o primeiro acúmulo aqui sendo consolidado, Ver.
Reginaldo Pujol, dentre tantos outros que eu acredito que esta Comissão vai
conseguir, ao longo dos seus 60 dias, prorrogáveis por mais 90, contribuir com
a sociedade porto-alegrense. Meu grande abraço, meu muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
todos nós sabemos que a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma imposição de
ordem legal a que são submetidos todos os agentes políticos deste País.
Evidente, Sr. Presidente, que no momento em que vive o País, com a crise moral,
financeira, ética que assola a Nação e que contamina Estados e Municípios, que
qualquer projeto de lei, que estabeleça com regularidade e sem criar falsas
expectativas, está sujeito à critica e ao reparo. Há muito tempo, sou solidário
com o que, há alguns anos, o Senador Antônio Carlos Magalhães comentava, que só
acreditaria no Orçamento quando ele fosse impositivo. Hoje nós sabemos, e o
exemplo vem do Governo da União, que os orçamentos são mera ficção, porque toda
aquela história de emendas parlamentares acaba sendo contingenciada pelo
Executivo e não se realiza.
Então eu quero, dentro dessa linha e com a
franqueza que me é característica, dizer que o relatório do Ver. Nedel, dentro
desse contexto, não poderia ser diferente. É um relatório absolutamente
técnico, tem lógica, tem sustentação jurídica, por isso mesmo merece a nossa
respeitabilidade. A Lei de Diretrizes Orçamentárias não pode ser um estuário de
intenções políticas, diretrizes ideológicas, filosóficas e programas de
governo, porque nós somos 36 Vereadores e só há um governo nesta Cidade. Não
adianta alguns Vereadores, através de medidas várias e ferramentas diversas,
tentarem fazer com que o Governo aja de forma diferente, porque o Governo
recebeu uma delegação de poderes para agir da forma que entende mais correta. E
o dia que ele for derrotado, o outro que surgir no lugar haverá de se conduzir
da mesma forma. O que ocorre é que, neste País, há muito tempo, estamos
acostumados a colocar nas leis orçamentárias muita expectativa de receita e uma
fixação equivocada da despesa pública. Não raro a receita é menor do que a
estimada e a despesa maior que a fixada.
Por isso acho que o Parecer feito pelo Ver. Nedel,
depois de um exaustivo trabalho, merece nossa credibilidade e, sobretudo, o
nosso reconhecimento, pela sua logicidade, pela segurança com que foi
elaborado, estruturado em bases técnicas, jurídicas que lhe dão a mais absoluta
logicidade e impõe a sua consagração por esta Casa. Acredito que a grande
maioria das emendas, especialmente aquelas que não foram aprovadas, que
traduzem vontades políticas e que não se ajustam à regra orçamentária, não
teriam que ter outro fim senão aquele que o Ver. Nedel, com muita propriedade e
justificadamente, estabeleceu, que deveriam ser rejeitadas. Era isso, Sr.
Presidente. Acho que é demasia gastarmos 2 horas aqui na Casa para discutir um
projeto que teremos oportunidade de, nos seus aspectos polêmicos, voltar a
discutir dentro em breve. Vim à tribuna para fazer esse reconhecimento público
ao trabalho do Ver. Nedel, e para alertá-lo de que não adianta sonharmos com o
Município repleto de recurso para ser colocado nas mais diferentes atividades
do ano vindouro, quando a expectativa do Brasil é a pior possível! Nós estamos
num crescimento diferente, aquele crescimento que o gaúcho diz que é igual à
cola do cavalo: é para baixo, e nunca para o alto, que seria esse o desejo da
sociedade brasileira. Era isso, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15, por cedência deste Vereador.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Obrigado, Ver. Paulo Brum, eu tenho certeza de que o Ver. Cecchim, que é
componente da nossa Comissão, sabe bem o que é Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Não preciso traduzir, porque todos entendem português, que é uma lei de
diretrizes: ela não prevê verba orçamentária, ela prevê caminhos para o
Orçamento.
Muitos que vieram aqui discutir, discutiram, por
exemplo, plano de investimento, que não é o caso da lei de diretrizes. Nós
tivemos, na semana passada, Ver. Tarciso – e a Ver.ª Titi estava lá conosco –,
a apresentação do produto dos investimentos até o segundo quadrimestre do ano,
em que vieram aqui o Secretário do Planejamento, o Secretário da Fazenda, os
quais nos explicaram em detalhes os investimentos, as receitas, as despesas do
Município. Então, eu convido sempre a todos os Vereadores que apareçam na
Comissão de Finanças para conhecer e discutir com os Secretários a aplicação
dos recursos públicos e também o porquê que as receitas não se ingressam na
nossa Fazenda Municipal. Fiz o Relatório, e,
efetivamente, o Ver. Alex Fraga foi correto dizendo que aprovei oito emendas e
rejeitei 25; aprovei duas da Ver.ª Sofia, três do Ver. Janta, uma da Ver.ª
Fernanda, e duas da Ver.ª Lourdes. Então foram as emendas que se encaixavam nos
programas já existentes ou criaram programas novos que foram aceitos. Estava
dizendo que vieram muitos aqui e discutiram planos de investimento, não é o
caso da Lei de Diretrizes Orçamentárias. A Ver.ª Sofia veio aqui discutiu o
assunto das creches, onde ela já tem uma emenda, em que duas emendas dela foram
aprovadas. Ela discutiu muito sobre Fundeb, insistiu novamente na mesma emenda
do ano passado, porque é uma luta dela em favor das creches. O Ver. Ferronato
teve a brilhante ideia de constituir uma comissão especial nesta Casa para discutir
profundamente esse assunto, tenho certeza que essa comissão vai trazer luzes
para esse setor do ensino das escolas infantis na nossa Capital. Devo lembrar
que os recursos do Fundeb que vêm para a nossa Capital, no ano passado foram na
ordem de R$ 42 milhões, e a Prefeitura aplicou R$ 49 milhões, ou seja, mais R$
7 milhões sobre esse assunto. Então a Prefeitura está retirando dinheiro dos
seus recursos, recursos da saúde, da habitação, da segurança, para cuidar da
educação do Ensino Fundamental, o que é meritório. Quero pedir à Ver.ª Sofia,
que tanto luta por esses recursos, que solicite que o Fundeb envie mais
recursos, que nós estamos em déficit, como disse a Ver.ª Jussara Cony, com os
recursos da Educação Infantil, então que mande mais verbas para o Fundeb da nossa
Capital. Por gentileza, Ver.ª Sofia, temos duas escolas de ensino, uma na Rua
Raul Cauduro e outra na Rua Ney Maya, que são escolas infantis de primeiro
mundo e que estão paralisados porque o Governo federal não manda recursos, e a
senhora tem lá ex-colegas nossos, Henrique Fontana, Maria do Rosário, que
insistem para que venham essas verbas para esse local. A Ver.ª Jussara Cony tem
o nosso ex-Vereador João Derly, que pode muito bem nos ajudar a remeter esses
recursos para o Ensino Infantil da nossa Capital, que são muito necessários.
A Sra. Sofia
Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, vamos
verificar cada um dos dois casos, porque a informação que temos é que os
recursos todos estão disponíveis, e onde tem obra parada é porque houve um
problema com a empresa, com a licitação. Por favor, me passe as duas situações,
e vamos inclusive sugerir ao Ver. Pujol que a nossa Comissão visite as áreas.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Com muito prazer irei repassar a V. Exa. essas informações. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a questão da emenda
que esta sendo construída, de importância na questão da criança e do
adolescente, eu e o Ver. Dr. Thiago, juntamente com outros Vereadores, estamos
apresentando uma subemenda. A Ver.ª Sofia está dizendo que não, então já
estamos encaminhando que achamos que o dinheiro da Câmara tem que ficar com a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O Ver. Nedel falou muito bem aqui: há
bastante dinheiro federal para a questão da criança e do adolescente. Então não tem que ter dinheiro da Câmara de Vereadores, que está com
este piso aqui todo destruído e não é arrumado. Várias coisas têm que ser
feitas. Há menos de 60 dias, a Ver.ª Mônica Leal quase foi atingida por uma
viga aqui nesta Casa. E aí vão fazer graça com o chapéu alheio! E a Ver.ª Sofia
acha que é normal isso, o dinheiro de um Poder ir para outro Poder!
A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um
aparte?
O SR. CLÀUDIO JANTA: Não vou lhe dar
aparte, a senhora quer radicalizar na questão da criança e do adolescente, eu
vou radicalizar na questão da saúde, porque as pessoas estão morrendo na porta
dos hospitais de Porto Alegre, as pessoas estão morrendo por falta de
atendimento! Essas crianças que a senhora diz que tem que defender estão
morrendo em vários hospitais de Porto Alegre! Eu acabei de vir direto do
hospital onde eu estava desde ontem à noite procurando atendimento. E aí a
senhora diz que não pode ter uma subemenda destinando um pouco desse dinheiro
na emenda das crianças. Na Bancada do Solidariedade não vai ter nem emenda para
criança, e nem emenda para a saúde. O dinheiro da Câmara fica com a Câmara! Se
não sabe usar o dinheiro da Câmara, porque a Câmara precisa usar esse dinheiro,
a Câmara está sucateada. Hoje mesmo caiu um espelho aqui e machucou uma
funcionária. Poupam o dinheiro da Câmara! O piso aqui do plenário – peço ao
cinegrafista que filme para mostrar para o cidadão de Porto Alegre –, onde este
sinalizador do lado de cá da bancada está de aniversário. Desde que eu cheguei
aqui na Câmara que este sinalizador está de aniversário! Em cada andar os
banheiros funcionam por semestre. Muitas vezes a Câmara fica sem
ar-condicionado. Agora vai chegar o verão e é uma vergonha o ar-condicionado da
Câmara! Num período só o elevador do lado direito funciona, no outro período só
o elevador do outro lado funciona. Então, é muito gracioso fazer graça com o
chapéu dos outros! Muito gracioso!
É uma
obrigação do seu Governo, que detém 62% do que é arrecadado; do seu Governo,
que diminuiu no Orçamento dinheiro para as creches; o seu Governo da Pátria
Educadora que diminuiu o dinheiro para a Educação; o seu
Governo que diminuiu o dinheiro para a moradia; o seu Governo que diminuiu o
dinheiro do Bolsa-Família; o seu Governo que diminuiu o dinheiro para a
qualificação profissional; ai, agora, vem querer fazer graça na Câmara de
Municipal de Porto Alegre, vem querer fazer “balaca”, como diz o jargão
popular, com o dinheiro da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Como se a
gente não tivesse muita coisa para fazer com este dinheiro da Câmara de
Vereadores de Porto Alegre, se nós não tivéssemos que melhorar as condições da
própria Câmara de Vereadores de Porto Alegre para o povo que frequenta a Câmara
de Vereadores de Porto Alegre. Se não dá para dar dinheiro para a Saúde de
Porto Alegre, não dá para dar dinheiro para nada, porque a Saúde de Porto
Alegre está na UTI. Nós vimos isso há poucos dias, vimos isso ontem, vimos isso
hoje, vimos isso anteontem, e temos visto isso sempre. Se radicalizou nessa
questão de não poder apresentar uma subemenda, nós vamos radicalizar na questão
da votação. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Muito obrigado, Vereador. O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas
Vereadoras e Vereadores; costumo dizer nesta tribuna que eu considero ser este
um dos momentos mais importantes da Câmara de Vereadores, quando temos que
discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o próprio Orçamento, e aí fazer
uma avaliação do que foi aplicado e do que não foi. Fazer uma avaliação dos
recursos que são repassados e onde estão incidindo os problemas desses
recursos. E aqui quero fazer um alerta: Porto Alegre, neste primeiro semestre,
de janeiro a agosto de 2015, teve uma queda na arrecadação. É menos
0,8% sobre o ISSQN, menos 8,1% sobre o ITBI, menos 0,3% sobre o Fundo Municipal
e todas essas quedas são devidas ao problema de gestão, porque, no momento em
que tem, por exemplo, no ITBI, é porque o licenciamento de projetos e a capacidade
do Município de dar dinâmica a esse setor apresentam seus entraves. E aí, o que
acontece? No investimento de 2015, de R$ 910 milhões, que foi apresentado aqui
a esta Casa, o Governo Municipal realizou somente 31% do Orçamento do ano
passado – 31% um por cento, neste momento, está abaixo da média histórica das
Administrações Fogaça e da Administração Fortunati, que é 38% só de
realizações.
è verdade, o
Ver. Janta veio a esta tribuna dizer que a saúde de Porto Alegre está sofrendo
por falta de recurso. Agora, o Ver. Janta não disse que essa falta de recurso,
neste momento, é porque o Governo Sartori cortou os repasses para todos os
hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. Tem que ser dito isso! Tem que
ser discutido isso! Que o Hospital Beneficência Portuguesa, que o Hospital Vila
Nova, que o Hospital Restinga e Extremo Sul não recebem os recursos do Governo
do Estado para poder fazer a manutenção que vinha sendo feito. Isso tem que ser
dito aqui na tribuna! Então, quando nós queremos os repasses do SUS, continuam
sendo os mesmos, e nós temos recebido aqui, diariamente, na tribuna, o espelho
do repasse do Governo Federal. Nós discutimos e temos que exigir que a
políticas de saúde, a política de educação, a política de assistência social, a
segurança, Ver. Kopittke, tenham que ser implementados. E eu quero, inclusive,
discutir com a Ver.ª Mônica sobre a segurança em Porto Alegre, pois, nos
últimos 30 anos, nunca houve um período de tanta insegurança. Por que não
utilizam o Orçamento e os recursos que são destinados para a Lei de Diretrizes
Orçamentárias?
Por último, eu quero entrar neste tema dos recursos
da Câmara e da falsa polêmica que foi trazida a esta tribuna pelo Ver. Janta. A
Câmara de Vereadores tem devolvido recursos para o Executivo Municipal. Eu sou
contra fazer a devolução de recursos da Câmara para o Executivo. A Câmara não
usa! E não é esta gestão! Desde que eu entrei aqui, foi na gestão do Sebastião
Melo, foi na gestão do Dr. Goulart, foi na gestão do Zacher, todos devolveram;
foi na gestão da Ver.ª Sofia, todos devolveram recursos para o Executivo
Municipal. Se for para devolver, nós podemos destinar esse dinheiro para uma
das políticas públicas, e, nesse caso, destinar para o ensino infantil, como
está sendo proposto, é um bom caminho; para o Funcriança, é um bom caminho,
porque a Câmara está sinalizando e atendendo à demanda do público que ali está,
dizendo que recursos públicos, a Câmara pode destinar para aquelas políticas
que está observando e que recebem aqui da comunidade, e há carência.
E por último, para concluir, há um tema que não
está sendo discutido, e ali estão as comunidades: reforma urbana e
regularização fundiária. Nós temos 40 comunidades a serem despejadas, com ação
de despejo; temos 750 vilas irregulares, temos que observar isso na Lei de
Diretrizes Orçamentárias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que a Sessão seja
interrompida por 15 minutos para que os Vereadores possam se entender quanto à
questão das emendas.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Vereador, vamos dar seguimento à discussão da ordem
proposta enquanto os Vereadores se entendem.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Nem colocar em votação?
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Isso. Como nós temos mais três Vereadores
inscritos, nós vamos dar seguimento a essas inscrições, e, se precisarmos de
mais tempo, colocaremos em votação o Requerimento de Vossa Excelência.
O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir
o PLE nº 024/15.
O SR. DR.
THIAGO: Eu venho a esta tribuna, mais uma vez, me solidarizar com o Ver. Clàudio
Janta. Eu acho que os argumentos utilizados para a destinação de recursos para
a educação são os mesmos argumentos usados para a destinação de recursos para a
saúde. E eu não vejo nenhum demérito em poder destinar essas questões todas
para os dois segmentos. A saúde municipal passa por dificuldades. Uma das
grandes dificuldades é o seu financiamento. Então nós precisamos disso. Eu não
vejo, Ver.ª Sofia, por que não assinar as duas emendas! Eu não acredito que a
Ver.ª Sofia seja contra uma emenda destinada à saúde municipal! Seja contra que
se destine esses recursos para a Secretaria Municipal, para o Hospital
Presidente Vargas, para o Hospital de Pronto Socorro e para Pronto Atendimento
da Cruzeiro! Eu não entendo isso! Acho que a Presidente Dilma tem que investir
o dinheiro que deveria investir em Porto Alegre e na saúde municipal! Acho que
a Presidente Dilma está errada em não mandar os recursos para Porto Alegre! O
Governador Sartori também! Mas a Presidente Dilma vai fazer mais uma vez uma
patacoada com a questão da CPMF, mais uma vez vai tentar enganar as pessoas
dizendo que esse dinheiro vai para a saúde. Nós sabemos que não vai, que ele
vai para a Petrobras! Nós sabemos o destino que os recursos terão: vão para
Cuba para voltar para o caixa 2. Nós sabemos isso, o povo brasileiro sabe
disso!
Eu assinei a emenda do Funcriança. Agora, acho que
por coerência os Vereadores, e convido a Ver.ª Sofia, deviam assinar conosco,
comigo e com o Ver. Janta, a emenda que destina recursos à Secretaria Municipal
de Saúde, porque ela precisa deles! A Secretaria Municipal de Saúde não está
recebendo o que deveria receber do Governo Federal, porque ele sonega esses
recursos ao Município de Porto Alegre! Já não é de hoje! O Governo Estadual
também tem dificuldade de repasse, também tem que ser puxada a orelha! Mas o
Governo Federal está há muitos anos aí, há mais de uma década!
Então, Ver.ª Sofia, aqui desta tribuna, solicito a
V. Exa. a sua sensibilidade neste momento de crise, momento de dificuldade
financeira da saúde, que possa destinar esses recursos também para o Pronto
Atendimento da Cruzeiro, para o HPS, para o HPV, para que as obras estruturais
possam ser feitas...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas,
pessoalmente, nessa questão de gastos e recursos que sobram, eu acho que gestão
boa é aquela que executa todo recurso que tem à sua disposição – eu
simplificaria isso. Não aquela que executa só 31% do que tinha planejado, como
aconteceu agora com a gestão Fortunati/Melo, neste ano orçamentário que se
encerra. Isso é que eu acho que é um problema. Isso, sim, que é a falta,
efetivamente, de um bom planejamento para a Cidade e torna essa Peça que
estamos discutindo um mero teatro. Mas, em todo caso, é um momento importante
de se refletir sobre as prioridades. Eu acho muito importante discutirmos
creche, muito importante discutirmos posto de saúde, muito importante
discutirmos todos os temas. Mas eu queria lembrar aos colegas, embora isso não
seja uma prioridade, como se vê aqui
na Casa e na Prefeitura, que, sem segurança, não se tem nada disso. Hoje, o
grande problema pelo qual a Cidade passa, o que está fechando as creches, os
postos e as escolas se chama violência. E o Município, mais uma vez,
infelizmente, não tornou esse assunto sua prioridade. O Prefeito fica chamando
força nacional, força espiritual, força não sei o quê, mas ao invés de fazer o
que ele pode fazer, ao invés de assumir a sua bandeira e tornar a luta contra a
violência uma prioridade, ele não faz. Eu lastimo isso; lastimo, porque
sofremos todos com o fato de o Município tratar o tema da segurança tal qual
Pôncio Pilatos, lavando as mãos, dizendo que isso não é problema dele. Eu acho
que já está passando desse ponto, porque o problema da violência está
paralisando todos os serviços públicos. E acho que nós todos aqui, de forma
suprapartidária, deveríamos tornar esse assunto a verdadeira prioridade da
Cidade, porque este é o ano que nós mais teremos pessoas mortas, na história de
Porto Alegre. Este é o ano em que nós teremos mais carros, objetos furtados,
pessoas vítimas de estelionato, de todo o tipo de sequestro. E eu não estou
dizendo de quem é a culpa, porque a população não quer saber de quem é a culpa:
se é da Dilma, do Sartori ou do Fortunati. O que importa é nós apresentarmos
respostas concretas. E o Poder Público, inclusive esta Casa, não apresenta
respostas concretas no problema da violência. Eu estou, há
dez dias, pedindo uma agenda com o Prefeito para apresentar, modestamente, 18
propostas para a área, e até agora, nenhuma resposta. Eu leio a LDO, e, absolutamente,
nada de novo sobre segurança; daí vejo o que executamos no ano passado:
praticamente, nada sobre segurança. Disse o relator que as emendas que nós
fizemos para a área não são necessárias, e, assim, nós vamos vivendo, fazendo
uso político do medo das pessoas. E isso, volto a dizer, é um assunto que nós
deveremos tratar de forma suprapartidária. Buscando ouvir experiências, acho
que o Governo do PMDB do Rio de Janeiro tem experiências importantes sobre
segurança; acho que o Governo do PSDB de São Paulo tem coisas importantes; acho
que o Governo do PSB de Pernambuco tem coisas importantes; acho que a
Prefeitura de Canoas, governada pelo PT, tem coisas importantes. Nós deveremos,
neste momento, ter um pouco mais de humildade e ouvir todas essas experiências
e fazer a nossa Cidade reagir. Porque, dessa forma, como muito bem demonstrou
uma pesquisa da Fecomércio: no mês passado, a retração do comércio não foi
pelos problemas da economia. A retração de 38% na venda do comércio, segundo
pesquisa do CDL de Porto Alegre, foi pelo medo. E, se nós seguirmos por esse
caminho além... Temos todos os problemas, mas está lá no site da CDL. Àqueles que não viram, talvez, seja uma boa sugestão.
Mas esse não é um assunto importante, e seguimos todos como se nada estivesse
acontecendo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ver. Paulo Brum): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou dar o nome
dos Vereadores que estão discutindo a emenda para que sejam valorizados, porque
eles estão todos de costas para o plenário, e o povo que está assistindo não
vai saber o que é isso. Então, vamos começar a falar o nome dos Vereadores que
estão de costas para o Presidente, para que saibam o que estão discutindo. Não
é, Ver. João Bosco? Fazer justiça, porque eles estão trabalhando.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) É exatamente para
isso que estou aqui. Nós estamos tratando de uma proposta para as creches
conveniadas, e numa discussão muito importante, aqui. Então, V. Exa. fala;
vamos ouvi-lo e vamos pedir de 5 a 10 minutos de suspensão dos trabalhos para
tratar disso.
O SR. IDENIR
CECCHIM: O Ver. João Bosco já havia pedido isso, Vereador.
Agora, eu também queria dizer para o Presidente que
eu vou aguardar o meu tempo. Eu acho que, em respeito aos Vereadores que não
estão na Sessão, estão trabalhando, eu vou declinar do meu tempo, e falarei
depois. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Titi Alvares está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
A SRA. TITI
ALVARES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; obrigada, Ver.
Nedel, pela audiência. Nós estamos discutindo a LDO, que é um tema bastante
importante, porque trata justamente de diretrizes, de um plano, de um projeto,
de uma visão, portanto, de cidade.
A nossa Bancada do PCdoB fez um exaustivo estudo
sobre a LDO, apresentada a todos os Vereadores, no sentido de tentar entender e
poder, da melhor forma, encaminhar a nossa votação.
Nesse sentido, encontramos alguns resultados
bastante tristes nesses balanços que fizemos dos resultados financeiros
primários.
Para ser ter uma ideia, desde 2008, se agravaram
maus resultados; em 2012 e 2013, os déficits nominais chegaram às casas de R$
178.235.000,00. Isso mostra uma profunda defasagem entre a arrecadação e as
despesas do Município. Ainda pior, o déficit previsto pela LDO para 2016 é da
ordem de quase R$ 301 milhões, o maior desequilíbrio orçamentário dos últimos
30 anos, como colocou aqui, anteriormente, a minha colega de bancada, Ver.ª
Jussara Cony. Por isso nós achamos que a crise no Município, a estagnação
econômica, que não é só do nosso Município, mas é também uma consequência da
crise econômica por que passa o nosso País e o nosso Estado, mas, diante dessa
realidade, as soluções precisam ser renovadas. Nós não podemos encarar a
realidade de hoje como se vivêssemos em um momento de ótima situação econômica.
O mundo passou por uma revolução tecnológica, a cidade de Porto Alegre,
infelizmente, está praticamente parada no tempo, quer dizer, nós não
conseguimos propor um modelo de cidade que apresente novas soluções, formas
diferentes das tradicionais, aplicadas pela atual gestão para uma Porto Alegre
que saia da estagnação e se conecte às novas realidades e aos novos tempos, às
novas demandas do nosso povo. Propomos novos resultados e, para isso,
identificamos novas formas de fazer. Eu queria trazer aqui, por exemplo, a
questão da regulamentação fundiária e da regularização das Áreas de Interesse
Social já previstas e que ainda esperam por solução, o planejamento urbano, a
mobilidade urbana, a ocupação dos espaços públicos que a nossa sociedade tanto
pede. Ao invés disso o que a gente vê – isso que o Ver. Kopittke acabou de
trazer aqui – é uma cidade cada vez mais vazia, porque as pessoas estão
amendrontadas pela violência, e a gente não consegue apresentar nenhum tipo de
nova solução. O que a gente vê é uma colcha de retalhos, como coloquei aqui, no
caso do Arado que votamos anteontem. Quer dizer, a gente fica apresentando
pequenas coisas, não se conversa, não há diálogo entre os setores da cidade,
não há uma gestão unificada que traga um projeto com uma unidade para a cidade
de Porto Alegre. Para se ter uma ideia, Porto Alegre é o terceiro polo de
produção audiovisual nacional, é o terceiro polo de publicidade; o Rio Grande
do Sul é o segundo polo de produção de games,
mas nós não conseguimos integrar a ação do Município com as nossas
universidades, com a inteligência da produção local, para que a gente consiga
ter algum tipo de aumento do investimento na indústria criativa e na inovação
da nossa Cidade. É por isso que a Bancada do PCdoB defende uma nova gestão para
Porto Alegre, um novo projeto que leve em consideração, primeiro, a
participação das pessoas que já saíram às ruas e demonstraram essa vontade, a
inclusão dos novos movimentos que exigem sobretudo a ocupação dos espaços
públicos como forma de superar antigos gargalos da nossa Cidade e forte
investimento em novas tecnologias, em inovação, em ciência e tecnologia,
principalmente na cultura criativa, utilizando o que a nossa população tem de
melhor, que é a sua criatividade, a cultura e a identidade. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, lamentáveis
algumas decisões que se tomam. Nós estamos, viemos, nos últimos cinco anos,
negando aporte de recursos para as creches comunitárias no argumento de que não
se tinha maior e mais aprofundado estudo sobre o tema. Estamos agora tratando
desse assunto numa Comissão. Para vocês terem uma ideia, dos R$ 6,5 bilhões,
que são os recursos do Orçamento Municipal, apenas R$ 55 milhões são os
recursos que se levam para as creches comunitárias, para 217 creches. Isso
representa 0,84% do Orçamento do Município, menos de 1%.
E vou falar bastante em números. Para se ter uma
ideia, R$ 55 milhões divididos por 16.858 alunos, nós temos um custo, por
aluno/anual, de R$ 3,2 mil. Se dividirmos por 12 meses, cada creche recebe, por
aluno, R$ 250,00, no mês. Quanto cobram as creches privadas por aí? Duzentos e
cinquenta reais por aluno, Ver.ª Sofia. Se dividirmos R$ 250,00 por 30 dias,
para cada aluno pobre da periferia de Porto Alegre contribui a Prefeitura, a
União, com R$ 8,36 por dia. Vou repetir: R$ 8,36 por dia! Com esses R$ 8,36, as
nossas conveniadas suportam a remuneração de pessoal, tributos de 27%, toda a
parte técnica do custo e administrativa. Para resumir a história: desses R$
8,36, meu caro Presidente, cada aluno recebe cinco refeições por dia! Com R$
8,36! Nós acertamos, depois de seis ou sete reuniões, que apresentaríamos uma
emenda, Ver. Kevin, todos os Vereadores assinariam, da Câmara – o Ver. Cassio é
o nosso relator-geral –, uma emenda de todos, para tentar aumentar esse recurso
para as creches. Lamentavelmente, por uma Liderança que se nega a assinar, nós
não teremos essa emenda aprovada. O que nós compreendemos, Ver. Nedel? Existem
emendas, todos os anos, que levam recursos para creches. Nós tínhamos
construído uma emenda coletiva, de todos!
(Aparte antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O SR. AIRTO
FERRONATO: Foi o Ver. Janta. Nós tínhamos conseguido uma emenda coletiva. Ou nós
apresentamos uma emenda coletiva, ou eu votarei pela emenda que está no
projeto, que trata de aporte de recursos para a Câmara. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15, por cedência deste Vereador.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente Mauro Pinheiro, eu lhe
agradeço a cedência de tempo, acho simbólico que seja no tempo de V. Exa., que
está na presidência da Casa.
Nós estamos num momento muito importante, em que a
Câmara poderá, pela primeira vez, com autonomia, com soberania, dar uma
resposta concreta a um problema grave na cidade de Porto Alegre, grave e que
bate às portas desta Casa, ano a ano, pedindo ajuda. Trata-se de uma política
essencial, que protege, cuida e garante o desenvolvimento de 16 mil crianças de
zero a cinco anos. Acho que nós estamos evoluindo para uma construção bonita,
Presidente. Desde 2011, começamos a discutir uma destinação dos recursos da
Câmara que são devolvidos. É um esforço que esta Casa faz, porque esta Câmara
recebe recursos a menos do que o percentual constitucional prevê e, mesmo
assim, todo ano ainda devolve recursos. Alguns dizem que a Câmara tem muitas
demandas, necessidades, tem inadequações, e eu espero que a gente consiga ir
arrumando a Casa, que não tem capacidade de contratação e elaboração de
projetos. Bom, sobre esse recurso que volta, em 2011, nós conseguimos, na
composição da Mesa – Ver. Mario Manfro, Ver. Waldir Canal, eu era Presidente,
Ver. Tony Proença –, construir um acordo com o Executivo e colocar no
Funcriança R$ 1,5 milhão, porque sabíamos do drama do atendimento e da pobreza
dos recursos que chegavam na Educação Infantil. Ora, desde lá, a gente vem
refletindo e construindo a relação com o Fundeb, os valores baixos, os salários
baixos, a importância estratégica do convênio das creches comunitárias. Temos
várias alternativas. E a Emenda popular nº 09 do ano passado, a qual esta Casa
votou, colocou R$ 2,5 milhões no Orçamento deste ano da Prefeitura e, até agora
– estamos em outubro – esse recurso não chegou ainda nas crianças e tem que
chegar, nós não vamos abrir mão dele. E a construção dessa emenda que hoje nós
vamos assinar é uma construção que vem a partir da Comcreches, que foi
construída pelo Ver. Airto Ferronato, pois, no ano passado, era Líder do
Governo e recebeu a pressão das creches comunitárias e se comprometeu em fazer
essa comissão. Então, essa comissão é a sério, é uma comissão em que todos
participam, todos são 12 vagas, e os partidos tem a sua representação, sendo
que alguns partidos pequenos participam e outros não. E nós vínhamos acumulando
que esse pouco recurso possa ir exatamente para as crianças, Ver.ª Lourdes,
porque será que existe alguma outra prioridade? Essa, então, não é a solução
para os graves problemas que as creches têm, mas é uma simbólica ação, uma
simbólica indicação que o Legislativo tem o compromisso com a infância. E eu vou concluir, Vereador, dizendo que nós estamos construindo um
acordo para ficar 70% para Educação Infantil e para o Serviço de
Apoio Socioeducativo – Sase e 30% para a
saúde. Eu vou concordar, respeitando a iniciativa dos Vereadores, mas eu acho
que é um equívoco – a saúde tem muitas outras demandas, tem um Orçamento grande
e tem que vir mais dinheiro do Governo Federal – que a saúde pegue uma fatia do
recurso que é pequeno numa área tão importante que vai resultar, sim, menos
gasto com a saúde. Acho que é um momento, é uma evolução, acho muito legal que
seja do conjunto dos Vereadores. A Ver.ª Jussara, que tem construído isso
junto, me lembra que são responsabilidades do Governo Estadual que não está
repassando nada de recurso. Então, a saúde tem que fazer outras lutas.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Quero fazer um
convite a todos os Vereadores, Bancadas e à população de Porto Alegre: na
próxima quarta-feira, estaremos organizando aqui na Câmara Municipal de Porto
Alegre, junto com a Prefeitura e Tecnopuc, uma palestra com Josep Piqué –
Vice-Presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Áreas de
Inovação, IASP –, que atuou por 25 anos como Secretário de Crescimento
Econômico e Inovação da cidade de Barcelona e é diretor da Oficina de
Crescimento Econômico do Projeto 22@barcelona. A palestra será sobre o tema “Um
novo modelo de cidade. O exemplo de Barcelona no projeto 22@”. Convidamos a
todas as pessoas que quiserem participar, pois será aberto ao público, no dia
14 de outubro, às 19h, no Plenário Otávio Rocha. Acho importante a participação
de todos os Vereadores que ainda estiverem com suas agendas em aberto.
O Ver. Carlos Casartelli está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/15.
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras;
público das galerias e os que nos assistem pela TVCâmara, sem dúvida nenhuma,
esse debate que tivemos aqui no plenário entre nós, Vereadores, discutindo se
os recursos que são devolvidos pela Câmara de Porto Alegre ao Executivo no
final do ano ficariam com a Saúde ou com a Educação Infantil. Essa discussão se
deu porque são exatamente os dois mais importantes modos de fazer com que haja
evolução ou progresso de uma sociedade. Nada é mais importante do que uma
sociedade que investe numa educação de qualidade, e eu não tenho nenhuma dúvida
da importância desses recursos para a Educação Infantil, mas precisamos
entender que quem defende esses recursos para a Educação Infantil, está
corretíssimo, mas a Saúde também é um bem maior, uma necessidade. É claro que
se nós pegássemos um recurso que vai para o Executivo por não ter sido
utilizado pela Câmara de Porto Alegre para a Saúde, sem nenhuma especificação,
realmente, seria uma quantidade, um valor muito pequeno num valor que é muito
alto que a saúde gasta anualmente em Porto Alegre, assim como a própria
educação também gasta um valor muito alto. Mas da forma como foi feito, e por
isso é boa a discussão, pois com a discussão conseguiremos um consenso onde
fica viabilizado o interesse daqueles que defendem a aplicação desses recursos
na Educação Infantil e o interesse daqueles que defendem a aplicação na questão da Saúde. Na questão da Saúde foi especificado
de forma mais clara que os recursos serão utilizados num local específico, que
é o centro obstétrico do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. E aí,
mesmo que não seja um recurso tão grande, ele vai, sendo utilizado com um foco
específico, possibilitar a aquisição de equipamentos como ecógrafos,
equipamentos para monitoração fetal, ou para reformas de um ambiente que
realmente precisa ser melhorado de forma continuada.
Inclusive eu estive
hoje no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, e quero dizer que muitas
vezes se fala que o Presidente Vargas está sendo desativado, e isso não é
verdade. Os serviços cada vez estão sendo prestados com uma maior qualidade, e
tenho certeza que esses recursos dos quais estamos propondo uma fatia, 70% para
utilização na Educação Infantil e 30% para utilização na Saúde, especificamente
no centro obstétrico do Hospital Presidente Vargas, farão, sim, a diferença
para que se possam melhorar esses dois setores.
E o centro obstétrico atende gestantes, atende as mães e atende as crianças que lá nascem. Então, com essa proposta, estamos atendendo as crianças de Porto Alegre que nascem no Presidente Vargas, e as crianças que passam pelas nossas creches, pelas nossas escolas de Educação Infantil. Acho que essa é a melhor posição, satisfaz a todos e dessa forma ficamos todos atendidos e todos saímos ganhando. Foi uma boa discussão em que cada um cedeu um pouco e se chegou a um consenso que beneficia a Cidade de Porto Alegre. Obrigado a todos e parabéns pelo consenso a que conseguimos chegar!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. KEVIN KRIEGER: Sr. Presidente,
solicito a interrupção da Sessão por cinco minutos, para finalizarmos um acordo
que estamos construindo com todas as lideranças.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Com acordo dos
Líderes da oposição e do Governo, estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os
trabalhos às 16h34min.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h44min): Estão reabertos os trabalhos.
Apregoo o Termo de Anuência assinado por todos os
Líderes.
Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Esta emenda propõe como Diretriz Orçamentária que o Município, ao
constituir o Orçamento, garanta pelo menos o valor custo/aluno Fundeb para os
convênios creches comunitárias. É uma emenda que apresento todo o ano. Quero
aqui de novo lembrar que o valor que a creche... A grande emenda que fizemos
agora, importante, dos recursos devolvidos é uma parcela só, é um recurso que
não garante o funcionamento o ano inteiro da instituição infantil comunitária.
Esse é um elemento novo, é bom; vai chegar o inicio do ano, a Câmara devolve,
entra no Funcriança, e aí as creches podem resolver problemas seriíssimos no
primeiro mês, adequar para receber as crianças em fevereiro porque, em janeiro,
é quando acontece o recesso. Mas é um valor fixo e pequeno. Isso não suprime o
debate que tem que continuar sobre o seguinte: o Orçamento da Prefeitura, de R$
6,5 bilhões – hoje de manhã, o Luiz Mincarone, do Fórum das Creches, apresentou
para nós –, 28% para a educação significam R$ 1,8 bilhão. Desses valores, quase
R$ 2 bilhões, a Prefeitura coloca R$ 55 milhões num convênio para 219 creches.
Olha, é uma rede de 219 escolas em turno integral. A Prefeitura tem escola
própria? Tem menos que cem escolas. O percentual de recursos da educação que
vai para o convênio é de 3%! São duas vezes, é o dobro, Delegado Cleiton, de
creches do que a rede própria e só 3% do Orçamento da SMED chega na rede
conveniada. Por isso elas pagam baixíssimos salários, as pessoas pedem
demissão, saem seguidamente... Por isso têm que fazer rifa, têm que bater de
porta em porta, têm que bater nas empresas para pedir apoio pelo Funcriança.
Esse é o cotidiano sacrificado de quem atende educação infantil. É um cotidiano
sacrificado. Então, nós estamos dando passos pequenos, Ver. Pujol, porque não
se pega um Titanic e se faz uma volta. Mas é preciso dar essa volta. Por isso
eu tinha proposto, inclusive, no Plano Plurianual, uma emenda dizendo que, nos
quatro anos, a Prefeitura chegasse ao valor/aluno Fundeb, porque eu sei que não
é possível um reordenamento de Orçamento de uma hora para outra, não tem
mágica. Mas progressivamente é necessário. Nós não podemos continuar com uma
educação de subqualidade, uma subeducação, uma educação de segunda categoria,
uma educação de pobre para pobre, porque é isso que a gente faz. A principal
política de educação infantil é uma educação de pobre para pobre. Com o advento
do Fundeb, que é de 2007 em diante, as creches estão dentro do Fundeb, então
elas têm que compartilhar os recursos de toda a educação; antes, até 2006,
estavam fora do Fundo de Financiamento de Educação.
Então eu entendo e sustento que nós devemos, como
Câmara, indicar que o custo do aluno Fundeb é o parâmetro para os recursos que
têm que chegar às instituições infantis comunitárias. Ou a criança é prioridade
no Orçamento, ou não é prioridade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de uma
atenção especialíssima da Ver.ª Sofia, até mesmo para que se consiga construir
avanços coletivos da Comissão, respeitando, em primeiríssimo lugar, a nossa
sociedade de Porto Alegre, essencialmente aqueles homens e mulheres, Ver. Cecchim,
que atuam todo o tempo nas creches conveniadas, porque aí está a questão. Ver.ª
Sofia, em nenhum momento, as presenças nas nossas Comissões trataram desse
assunto. Ver.ª Sofia, isso não foi pedido na Comissão. O que pediram foi a
restituição de recursos destinados às creches. E eu estava compreendendo,
enquanto V. Exa. estava como Presidente, atuante e participativa no processo,
que iria retirar essa emenda. Mas como, então, nós vamos equiparar os recursos
Fundeb e creches com esses recursos? É assim que começam os problemas, Ver.
Nereu, porque uns são endeusados, e nós, na Mesa, recebemos desaforos da manhã
à noite. E é muito ruim, chega a ser triste, dolorido, muito ruim para a
Câmara. Isso é coisa de oposição e situação, isso é coisa do ridículo da Nação
brasileira. O Secretário Feltes, quando estava na oposição, capitaneou o fim do
imposto de fronteira e, agora na situação, está chorando pitanga, despreparado,
sem saber o que diz, criando imposto. Aqui é a mesma coisa! Quando estou na
situação, Ver.ª Sofia, voto “sim”; quando estou na oposição, voto “não”. O povo
se atrapalha, ele olha o último resultado e, depois, atira-nos desaforos aos
montes contra tudo e contra todos. A Ver.ª Sofia diz assim: “Pelo amor de Deus,
não fala contra”. Eu não estou falando contra, eu estou dizendo que, para o bom andamento dos resultados da nossa Comissão, que está
abotoada, Ver. Waldir Canal, o caminho seria retirar esta emenda e não jogar
uns contra os outros, num processo em que nada resolve a situação. Para
avançar, é preciso avançar com critérios.
Eu quero dizer, Ver.
Kevin, que não estou falando pela situação – já tem outros designados para
isso; estou falando enquanto Presidente da Comissão de Creches. O Ver. Cassio é
o nosso Secretário-Geral; a Ver.ª Jussara tem uma posição bastante cômoda,
Líder da oposição.
Pelo andamento
decente, correto, imparcial da Comissão – Ver. Mendes Ribeiro, V. Exa.
participou de todas as reuniões –, esta emenda deveria ter sido retirada.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Prof.
Alex Fraga está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02,
destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, boa tarde. Estamos debatendo a emenda proposta pela
Ver.ª Sofia Cavedon, a de nº 02. A emenda propõe o seguinte: fica garantido, no
exercício de 2016, o repasse às creches comunitárias de, no mínimo, o
custo/aluno Fundeb.
Bom, dentro do debate
da Comissão Especial das Creches que está acontecendo, nesta Casa, e que vários
Vereadores têm participado das reuniões, surgiram dados alarmantes,
extremamente preocupantes. É uma atribuição da Prefeitura a responsabilidade de
oferecer às nossas crianças a pré-escola. O Tribunal de Contas já apontou que o
Município apresenta várias irregularidades na contabilidade dessa oferta e, ao
longo dos Governos, há um processo de terceirização e precarização da oferta do
ensino para as crianças em idade pré-escolar. Nós temos mais de 60% das vagas
ofertadas no Município de Porto Alegre na mão das terceirizadas. Gente, os
profissionais que trabalham...
(Aparte
antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Não, é terceirização,
Vereador. Desculpa discordar do senhor, mas é um processo de terceirização.
Pega-se uma escola comunitária, faz-se um acordo com essa escola, o Município
fica obrigado a fazer o repasse para sustentar a estrutura, pagar a folha de
pessoal. Os gestores dessas escolinhas precisam reformar o prédio, e muitas
dessas instituições não apresentam estrutura física passível de cadastramento
para receber verba do Fundeb. E o que a Prefeitura faz? Ela pega todo o repasse
do Fundeb e divide por todas as conveniadas, cadastradas ou não nesse programa,
ou seja, isso rebaixa o valor dos repasses. É impossível pensar em termos de
gestão de uma dessas instituições com um repasse tão miserável que é feito pela
Prefeitura, tão miserável!
(Aparte
antirregimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O SR. PROF. ALEX FRAGA: O miserável é menos
de 50% do que é indicado pelo Ministério da Educação – menos de 50%. Então não
há como manter essas instituições com um mínimo de qualidade. O Ver. Mendes
Ribeiro tem acompanhado e também manifesta a sua preocupação com a situação
calamitosa em que muitas dessas instituições se encontram. A emenda da Ver.ª
Sofia Cavedon vem justamente de acordo com esse pensamento. Se é obrigação do
Município de Porto Alegre, e o Município de Porto Alegre, através dos
convênios, está terceirizando esse serviço, ele é obrigado a repassar o valor
necessário para manter essas instituições em funcionamento com dignidade.
Porque o que recebe um profissional que trabalha nessas instituições é algo que
beira à miserabilidade. Não é salário, é ajuda de custo. Dá, mal e mal, um
pouco a mais, na maioria das instituições, do que um salário mínimo mensal para
trabalhar 40 horas. E a responsabilidade desses educadores é algo que supera o
que muitos de nós, Vereadores, encontramos no nosso dia a dia.
Portanto, peço a
sensibilidade dos Vereadores, esse é um tema muito importante para o Município
de Porto Alegre. Os repasses – para aqueles que estão acompanhando as
discussões nessa Comissão – são miseráveis, são mínimos, e não há como manter o
funcionamento dessas instituições. Não há! Então, por favor, Vereadores, um
pouco de sensibilidade e de apropriação desse tema, que é doloroso para a nossa
Cidade. Uma boa tarde.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Waldir
Canal está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada,
ao PLE nº 024/15.
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, venho a esta tribuna dizer que também faço parte dessa Comissão que
está acompanhando a situação das creches. Nós temos acompanhado e observado as
dificuldades das creches e as suas lutas perante os governos. Não é uma coisa
que diz respeito apenas ao Governo Municipal, nós precisamos levar os debates
dessa Comissão ao Governo Federal, aos representantes do Governo Federal, e até
mesmo ao Governo Estadual, para que eles cumpram a sua parte na educação.
Venho aqui,
com toda tranquilidade, trazer ao conhecimento dos Vereadores que eu assinei a
emenda, não esta, a Emenda nº 07, que foi colocada à disposição, estarei
votando favoravelmente a ela. Mas uma fala da Ver.ª Sofia, por quem tenho
grande estima, me deixa preocupado. Quando a senhora diz que a criança tem que
ser prioridade, a senhora exclui outras prioridades. Ao inverso das crianças,
há os idosos. Esses, sim, tem um orçamento muito pequeno. É uma dificuldade para
se investir... Porto Alegre, por exemplo, não tem um centro de convivência para
os idosos. Nós precisamos de um centro de convivência para os idosos. Nós
precisamos de políticas públicas para os idosos. Eu acredito que a criança tem
que ser prioridade, mas os idosos também têm que ser prioridade, porque se
elegermos apenas uma prioridade no nosso Município, estaremos excluindo outras.
Eu sei que aqui na Câmara existem vários Vereadores que também lutam pelos
idosos. Então eu gostaria de chamar atenção, eu não vou fazer emenda nesse
instante para as crianças e os adolescentes porque já assinei aqui a Emenda nº
07, mas, no Orçamento, farei emendas para que ele contemple os idosos. Ora, no
mês do idoso, no mês em que estamos chamando atenção para a população idosa,
tivemos a caminhada promovida pela FASC, tivemos tantos eventos para chamar
atenção para esse problema... Nós, quando elaborarmos esse Orçamento, teremos a
obrigação de, também, priorizar os idosos. Eu digo com a maior tranquilidade
que estarei votando favoravelmente à Emenda nº 07, que é uma emenda mais
democrática, assinada por vários Vereadores, e deixo aqui essa minha fala no
sentido de darmos prioridade, sim, à criança e ao adolescente, que já recebem
várias doações, de várias partes, mas precisamos ter em mente que precisamos
cuidar dessa população que cresce a cada dia, a população dos idosos. Muitos
aqui serão idosos amanhã. Muitos serão idosos! Quem vai ter a sorte de chegar a
idade de 60, 70, 80 anos? Quando chegar lá, a Cidade tem que estar preparada,
tem que estar em sintonia com isso, tendo como prioridade também os idosos. Eu
acredito que esse é o caminho para termos uma Cidade mais humana. Um grande
abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02,
destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Meus colegas Vereadores e Vereadoras, meu querido colega João Carlos
Nedel, obrigado pelo apoio aqui do debate, porque é importante debatermos, sim,
a educação. Eu quero dialogar com todos os Vereadores e Vereadoras,
principalmente com o meu colega Airto Ferronato: foi feito um pequeno acordo
anteriormente no sentido de destinar as sobras dos recursos daqui, grande parte
deles, para a Educação Infantil, para o Funcriança. Mas não é isso que está em
debate nesta emenda. O próprio Relator, o Ver. João Carlos Nedel, apresenta, na
sua justificativa para rejeitar esta emenda, do meu ponto de vista, um grande
equívoco: ele diz é inconstitucional a emenda. Primeiro, o que nós estamos
discutindo aqui? É a sustentabilidade da Educação Infantil na cidade de Porto
Alegre. E nós temos na Cidade um instrumento que se chama convênio do Município
com as escolas infantis. São 219 escolas infantis, que recebem R$ 3 mil. E o
que diz o Fundeb? Que cada criança tem que receber do Poder Público Municipal,
no mínimo, R$ 4 mil. É esta a discussão. E, neste momento, se enquadra a
questão de quais as diretrizes que queremos que o Município cumpra. O Ver. João
Carlos Nedel, equivocadamente, diz que esta emenda é inconstitucional. Não, não
é inconstitucional! Nós queremos que esse tema seja incorporado à política
pública do Município de Porto Alegre. Se cada escola infantil conveniada recebe
R$ 3 mil para manter uma criança... Ver. Casartelli, o senhor sabe quanto
recebe uma criança da escola pública municipal? Recebe R$ 8 mil. São R$ 5 mil a
mais. Nós podemos tratar as crianças em duas categorias, Ver.ª Jussara? Aquelas
que têm prioridade financeira dos recursos públicos, que gastam R$ 8 mil por
uma criança, e, a grande maioria das conveniadas, que a sociedade civil já
acolhe, faz um sacrifício e recebe somente R$ 3 mil. O Fundeb não está dizendo
que tem que ter os R$ 8 mil, o Fundeb está dizendo que tem que ser R$ 4 mil. E
o repasse que o Fundeb faz ao Município é correspondente a cada criança. Ver.
Ferronato, o que o senhor esqueceu de dizer aqui é que o Município tem que ter
a contrapartida ao Fundeb. E é isto que nós estamos discutindo: a contrapartida
do Município tem que alcançar a Lei Nacional do Fundo de Desenvolvimento da
Educação Básica, que diz que cada criança, em todos os Municípios, custa R$ 4
mil. Então, aqui, em Porto Alegre, a Prefeitura Municipal trata as crianças em
duas categorias: as que estão nas escolas públicas municipais geridas pelo
próprio Município têm o custo, por criança, de R$ 8 mil; e as conveniadas, R$ 3
mil. São ou não são duas categorias, Ver. Ferronato? É isso que o senhor tem
que dizer aqui e não aquele debate desfocado da realidade!
O Fundeb não está dizendo que são R$ 8 mil, o
Fundeb está dizendo que cada criança teria que gastar, no mínimo, R$ 4 mil.
Gastar a mais, não é problema. Agora, o problema é gastar a menos! Vou citar
aqui a Cavalhada, Ver. João Carlos Nedel, o senhor deu o prêmio de cidadã
porto-alegrense a Irmã Conceição lá da Cavalhada. A Irmã Conceição mantém as
crianças de toda aquela região do Arroio Cavalhada e da Vila Resvalo. Como ela
mantém? Mantém com o dinheiro do repasse do Fundeb e o repasse do Poder Público
Municipal. Quanto ela recebe por cada criança/ano? Recebe R$ 3 mil, e o
Município gasta com as suas R$ 8 mil. Nós não teríamos que fazer um equilíbrio
nessas contas, uma equalização. Para concluir, Sr. Presidente, colegas
Vereadores, não estamos discutindo o Orçamento, e, sim, discutindo uma diretriz
para que, depois, o Orçamento possa ser aplicado. Então, essa diretriz é o
reconhecimento político da cidade de Porto Alegre. E todos nós, oposição e
situação, temos que trabalhar para que esse problema seja equalizado e que a
Educação Infantil seja cumprida conforme determina o Plano Nacional da Educação
Básica, que diz que, até 2016, todas as crianças têm que estar na escola. Um
grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Boa tarde, Sr. Presidente. Recebi uma orientação do Ver. Comassetto para
dizer que ele tem razão, mas não é bem assim, não é, Ver. Comassetto? Quando o
Ver. Comassetto vem aqui dizer que existem duas categorias de Educação
Infantil, ele que foi relator da Comissão Especial da Zona Rural, nós estamos
lá, numa Comissão Especial presidida pelo Ver. Airto Ferronato, e nesta
Comissão estou cumprindo o papel que o senhor cumpriu na Zona Rural, que é ser
relator, justamente aprofundando essas informações. Por que custa R$ 8 mil a
criança na escola municipal, na EMEI? Basicamente é o custo da folha de
pagamento. Os servidores do Município, servidores de carreira, estatutários,
têm um plano de carreira que estabelece valores para sua remuneração, justos,
que acabam dando este valor de custo, Ver. Mendes, por aluno. Agora, não fomos
nós que criamos os convênios, os convênios foram criados justamente quando se
verificou que não era possível atender todas as crianças na rede própria. Até
porque o custo é mais elevado, tem um plano de carreira, não se pode pagar
menos para o professor, para abrir uma EMEI nova tem que ser professor
contratado, estatutário, que tem um custo mais elevado. Eu até não estou
dizendo aqui que é demais, só que o convênio nasceu, e temos que rememorar essa
história, como uma complementação daquelas creches comunitárias que funcionavam
somente com os recursos comunitários dos pais. Em determinado momento, houve o
conveniamento quando terminou a LBA que até passava algum recurso, e houve a
necessidade. Então, quero dizer aqui que é opção política quando se gasta 29%
quase do Orçamento, mais do que prevê a Constituição, que é 25%, tirar dinheiro
de onde? Eu sei de onde têm que vir os recursos, já foi falado aqui, precisa
vir da redistribuição do bolo tributário, que está 57% concentrado nas mãos do
Governo Federal. Nós temos muitas emendas para discutir aqui, precisamos vencer
a LDO ainda hoje porque nosso prazo é sexta-feira, eu quero aqui saudar a
emenda que fizemos para os recursos que vão sobrar da Câmara, mas mais uma vez
quero constatar, Ver. Mario Manfro, que estamos ajudando a administrar a escassez.
Quando fizemos a proposta aqui de que os valores que sobram do Orçamento da
Câmara fossem para a Educação, para atender as crianças, logicamente alguns
Vereadores disseram: precisa ter uma parte disso para a Saúde. E acertamos que
30% seria para a Saúde. É lógico que há diversas outras áreas importantes e que
precisariam mais recursos. Esses recursos têm de vir de onde? De onde está a
maior concentração desses recursos. Nós temos, sim, que ter um financiamento
melhorado do Governo Federal, também do Governo Estadual, não só para a área da
Educação, mas para todas as áreas do Município, que com 18% do bolo tributário
não consegue mais atender a todas as demandas. Muito obrigado, um grande
abraço!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Kevin Krieger, Clàudio Janta e Reginaldo Pujol, a Emenda nº 02 ao PLE nº
024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 21 votos NÃO.
Em votação a Emenda
nº 04, destacada, ao PLE nº 024/15. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está
com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº
024/15.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Primeiro,
queria só entrar ainda na discussão anterior, Ver.ª Sofia, porque ouvi atentamente
várias intervenções, e o Ver. Prof. Alex falou muito bem representando a nossa Bancada. Eu não consigo aceitar essa lógica do jogo de empurra para se
desresponsabilizar do ponto de vista municipal. Eu concordo plenamente, todos
sabem, que a coerência tem sido a marca do PSOL no Parlamento com relação às
críticas do Governo Federal, ao Governo Estadual, nós concordamos que tinha que
ter mais recursos da União para a Educação, para a Saúde, para a Segurança. Nós
achamos que o problema no Brasil é a “bolsa-banqueiro”, que consome 50% do
orçamento da União, e menos de 4% é aplicado na Saúde pública, mas isso não é
um salvo-conduto para que o Governo não faça a sua parte e não preveja, por
exemplo, a questão dos valores para o Fundeb. E, da mesma forma, eu quero
encaminhar favoravelmente a emenda da Ver.ª Sofia
Cavedon, com relação ao Plano Municipal de Cultura; gente, é
preciso ter coerência. Nós aprovamos o Plano Municipal de Cultura por
unanimidade, porque, quando o projeto é bom, a oposição vota a favor. Foi um
projeto constituído junto, em conferências, com os conselheiros da Cultura,
arrumado a partir de emendas dos trechos que foram tirados pelo Governo
Municipal. Por exemplo, o escalonamento da aplicação das verbas: 1,5% do
Orçamento Municipal aplicado em Cultura em cinco anos, e até dez anos, Ver.
Prof. Alex, é 3%! E foi vetado. Então, a gente quer ter um Plano Municipal de
Cultura, com boas diretrizes, sem recursos para executar? Porque a verdade
verdadeira é que não só o Governo vetou a questão do Orçamento no Plano Municipal
de Cultura como agora rejeita, Ver. Kevin, na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
uma janela para que se salvem recursos para o ano que vem começar a andar o
Plano Municipal de Cultura. Isso aqui é uma janela, é uma diretriz! Como tem o
Fumproarte, como vai ter o Plano Municipal do Livro e Leitura, uma emenda
minha, agora, na LDO, que foi aceita, porque já é uma lei, porque já é
conhecido na Cidade. Por que todos os anos nós temos que salvar recursos no
Orçamento que o Governo manda sem recursos para o Plano Municipal do Livro e
Leitura? E eu estou achando que com esta recusa de tirar a janela para o Plano
Municipal de Cultura o Governo vai mandar um Orçamento que não tenha recursos
para o Plano. E tem política de cultura na Cidade. A política de cultura
precisa ser ampliada, política de cultura precisa ser resgatada como a questão
da descentralização da cultura, política de cultura precisa ser respeitada como
o Fumproarte que diz que os valores têm que ser equiparados com os valores do
Funcultura, mas não são. E todos os anos, no Orçamento, nós tentamos fazer
emendas para equiparar o valor, porque o Funcultura é gestado unicamente pelo
Governo e o Fumproarte é de editais públicos que os grupos podem se inscrever:
o teatro, a dança, a música, o livro e a leitura – todas as expressões
culturais. Mas é muito grave que o Governo não aceite uma emenda que inclui,
como diretriz, que coloque a possibilidade de, no Orçamento de 2016, a gente já
ter destinação orçamentária para a execução do Plano Municipal de Cultura. O
Plano Municipal de Cultura, repito, teve a participação de conselheiros e
conselheiras na área, que teve a discussão dos grupos, que foi votado com
emendas resgatando partes fundamentais da legislação e afastando aquela questão
do decreto que era uma forma de tirar o conceito da democracia e dar um cheque
em branco para o Governo. Isso foi retirado do Plano Municipal de Cultura, mas,
se não tiver recursos, ele não vai ser executado. E é preciso ter coerência! Se
nós aprovamos o Plano Municipal de Cultura por unanimidade, e aprovamos numa
Sessão com a participação de grupos de teatro, Ver. Pujol, tem que estar
prevista no Orçamento do ano que vem a janela. Então, a emenda da Ver.ª Sofia
apenas coloca, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a previsão de uma lei
municipal aprovada, sancionada e em vigor na cidade de Porto Alegre. Se o
Governo rejeitar essa emenda, Ver.ª Sofia, é muito claro que é mais uma lei que
o Governo não vai querer cumprir desrespeitando a construção democrática com os
artistas da Cidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao
PLE nº 024/15, como autora.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, eu entendo que a Câmara, com essa emenda, sinalizaria ao
Governo que, quando dá consequência à votação do Plano Municipal de Cultura,
quer que esse plano seja realizado. E vou recordar aos senhores e às senhoras,
porque nem todos têm como se debruçar sobre os detalhes do plano, mas o plano
nem sequer tem metas. Nós acabamos construindo uma emenda, coletivamente, que o
Governo vai produzir ainda, vai discutir com a sociedade metas para o Plano
Municipal de Cultura. Então é um plano modestíssimo, Ver. Nedel! Claro, nós
aprovamos aqui o que a Fernanda lembrou, importantíssimo: aprovamos que, em
cinco anos, a Prefeitura vai vincular 1,5% do Orçamento para a cultura. Em dez
anos, vamos chegar a 3%. Isso foi vetado pelo Governo, e nós ainda vamos
discutir o Veto. Deve estar chegando aí o limite do tempo para discutir o Veto,
ou seja, independentemente do que vai acontecer, nós teremos um plano que tem
diretrizes, que tem enunciados. E a ideia de colocar na LDO que seja cumprida
parte do plano do ano que vem – porque um plano é para dez anos! –, então, no
primeiro ano, que é o ano de 2016, haverá algo para cumprir do Plano Municipal
de Cultura, senão ele não se realizará, não é, Ver. Alex? Então, é obvio que
pode cumprir sem a diretriz orçamentária? Pode, mas a diretriz é para indicar
que, no Orçamento, já venha algum recurso, já venha mais recurso para a
cultura, já resolva, já indique que elementos do Plano está cumprindo, porque
um plano não é para ir para a gaveta e cumprir um protocolo para o Governo
Federal mandar dinheiro, porque, de fato, sem plano, sem sistema, não tem como
entrar nos recursos federais da cultura. Mas o plano não é para isso; o plano é
para caminharmos na área da Cultura, e a área da Cultura vem perdendo recursos.
Nós já chegamos, em Porto Alegre, a ter 2,5% do Orçamento dedicado à cultura, e
hoje temos menos de 1%. E nós sabemos que, por exemplo, alternativas para a juventude da periferia, uma juventude negra que
tem sido assassinada, que não tem alternativas ao tráfico e que tem sido
seduzida por ele, passa por uma cultura descentralizada, por alternativas de
vivências culturais, que é o que envolve, seduz, encanta a juventude e faz com
que ela opte por caminhos diferentes do tráfico de drogas, da violência e do
abandono da escola. É a articulação da cultura com educação. Eu poderia listar
“n” situações. A emenda é muito singela, não tem problema nenhum, a não ser que
a Prefeitura não queira cumprir com o Plano Municipal de Cultura. Ora, o que
vai resultar dele, esta Casa vai decidir, ainda não terminamos de votá-lo. Mas
nós teremos um Plano Municipal de Cultura que passa a viger a partir de 2016.
Então não é uma emenda que tenha desembolso imediato; é uma emenda que orienta,
cumpre, dá desdobramento a uma importante construção, Ver. Pujol, que V. Exa.
inclusive mediou nesta Casa como Presidente da Comissão de Educação e Cultura
da Câmara.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 04,
destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. ENGº COMASSETTO: Meus colegas
Vereadores e Vereadoras, quero propiciar justamente um entendimento para o
Líder do Governo e para o Vice-Líder, porque nós estamos discutindo e
aprovando, neste momento, a Lei de Diretrizes Orçamentária. A Ver.ª Sofia
Cavedon está propondo uma diretriz que os 36 Vereadores aprovaram há poucos
dias, quando discutimos e aprovamos o Plano Municipal de Educação. A Vereadora
está dizendo que deve ficar garantido para o exercício de 2016 que o Orçamento
deverá respeitar e contemplar o que está previsto no Plano Municipal de Educação.
Essa diretriz é para orientar a elaboração do Orçamento Municipal, porque a
Peça Orçamentária, Ver. Nereu... E aqui lembrando o velho guerreiro Leonel
Brizola, defensor da educação, e o PDT, que sempre foi um defensor e é um
defensor da educação, certamente votará a favor desta emenda, porque ela traz
para a diretriz do Município, como uma das prioridades no investimento dos
recursos, aquilo que foi aprovado nesta Casa: o Plano Municipal da Educação. Se
tem um Plano Municipal de Educação que construiu e deliberou diretrizes, deliberou estrutura, deliberou
conceito, é o primeiro momento após a aprovação do Plano Municipal de Educação
em que estamos aqui tendo a oportunidade de efetivar ou de construir condições
de efetivar a política do Plano Municipal de Educação. E para a próxima emenda
que debateremos, que é da Cultura, da mesma forma, tem um Plano Municipal da
Cultura.
Então eu venho aqui, com muita tranquilidade, pedir
o voto dos Vereadores. Eu vejo o Ver. Tarciso, que faz um trabalho com a
educação, com as crianças, certamente vai apoiar, ou a bancada do PTB, que tem
toda uma discussão em defesa não só da saúde como da educação e da educação
infantil. O PDT não preciso falar, porque já me referi há poucos minutos. A
Ver.ª Lourdes, que é uma grande defensora dos animais, com certeza absoluta e
com a mesma energia é defensora das crianças e da educação. É isso que nós
estamos debatendo aqui neste momento. E o Ver. Reginaldo Pujol vai me suceder
aqui na tribuna.
Então esta é a discussão: nada mais é do que uma
diretriz para um Orçamento que está sendo elaborado neste momento pelo
Executivo Municipal, que não foi ainda analisado por esta Casa, para que seja
respeitado o Plano Municipal da Educação e sejam destinados recursos para
aquelas diretrizes que lá discutimos, votamos e aprovamos.
Peço o voto favorável a esta emenda, para que ela
reafirme uma posição nesta Casa, com certeza, com o apoio da base do Governo,
porque é uma política do próprio Governo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, da mesma forma que ocorreu com
relação ao projeto de lei da educação, que foi reconhecido, que vai ser
cumprido – as leis são feitas para serem cumpridas –, o Plano Municipal de
Cultura foi objeto de uma composição ampla que gerou uma aprovação por
unanimidade. Nós tivemos que enfrentar algumas situações realistas:
tecnicamente, houve necessidade de algumas decisões do Prefeito que vetou parte
dele, parte muito pequena, mas vetou. Consolidou-se, Ver. Nereu, com a sanção,
a quase totalidade do projeto, e é essa parte que foi consolidada pelo
Prefeito, que não foi vetada... Houve festa no Paço Municipal, a Ver.ª Sofia
estava lá, nós todos estávamos lá, grande parte da Casa estava presente. Então,
é um problema de compreensão. O que nós queremos é que aquilo que o Prefeito já
disse ser bom para a Cidade, o que ele sancionou, seja cumprido! Isso é a mesma
coisa do que chover no molhado. Ou nós pretendemos que ele não cumpra isso?
Claro que não! O temor de que o veto venha a ser derrubado aqui na Casa,
politicamente, não se sustenta. Ora, se nós, do Governo, estamos aqui pedindo a
compreensão da oposição para essa situação, eles vão nos tolerar quando nós
mantivermos o veto aqui. Eles vão votar contra a nossa posição, mas nós somos
maioria, vamos prevalecer no final, está ajustado entre nós.
Então, eu faço um apelo à base. Por uma questão de
coerência, nós temos que aprovar essa emenda em que houve proposta de rejeição.
Falei com meu Líder, com o Ver. Kevin Krieger, expliquei ao Ver. Nedel que, em
princípio, teve razão tecnicamente nas suas colocações. Mas o Ver. Nedel, como
todos nós, compreende que esta é uma Casa política, e que nós temos que pugnar
para que as composições políticas que aqui se constroem sejam respeitadas. E,
no caso, é uma composição política que gerou uma lei com a qual o Prefeito se
comprometeu quando a sancionou. Então, aquilo que está sancionado, aquilo que
já é lei tem que ser cumprido. Seria óbvio até, isso. Mas, já que está colocado
na emenda da Vereadora da oposição Sofia Cavedon, não é porque ela assinou que
vamos deixar de dizer que tem que aprovar esta proposta.
É um apelo que eu faço de coração a todos, por
coerência, Prefeito Villela. Nós temos que, neste caso, aprovar a emenda da
Ver.ª Sofia.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, a Emenda nº 04 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 22 votos SIM e 09 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a
votação a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 024/15, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETTO: A emenda que propusemos é muito simples. É uma que, nos últimos cinco
exercícios desta Casa, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, bem como no
Orçamento, foi contemplada. E o Ver. Casartelli, que era Secretário, sempre
dialogava e aceitava essa emenda no Orçamento. Ela diz que Porto Alegre, no
tema Mais Saúde, tenha um entendimento do acolhimento das doenças raras. Nos
últimos anos sempre foi contemplada essa emenda aqui no plenário e sempre,
depois, no Orçamento, foi destinado algum recurso dentro da política municipal
de saúde para a realização desses temas, principalmente junto ao Hospital de
Clínicas, que tem no seu Departamento de Genética um estudo das doenças raras.
E eu me refiro aqui a uma que tenho mais conhecimento, que é a ataxia
dominante. Esta Casa já reconheceu um dia municipal de lutas, assim como aos
celíacos, em que já aconteceu nesta Casa o seu reconhecimento, para que essa
diretriz fique contemplada na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município, a
fim de que, depois, a saúde possa atender a esse tema. Quando veio essa
discussão... E aqui certamente os médicos desta Casa não votarão contrários a
essa emenda, primeiro, porque ela sempre existiu na LDO; segundo, o Governo
sempre aceitou, nos últimos seis anos, pequenos recursos para as doenças raras.
E eu não sou da área da saúde, sou da área da engenharia, mas aprendi que tem
mais ou menos 5.500 tipos de doenças raras, doenças distintas que atingem 150
famílias na cidade de Porto Alegre; atingem 200 famílias no Estado do Rio
Grande do Sul. Essas doenças não estão ainda incorporadas na lista do Sistema
Único de Saúde. Estão sendo feitas pesquisas, trabalhos científicos, e o
Município já tem uma responsabilidade assumida.
Então, eu pediria aqui, Ver. Kevin Krieger, Ver.
João Carlos Nedel, dialogando com os senhores sobre essa emenda, justificando
que, nos últimos cinco Orçamentos, ela foi acolhida pelo Município de Porto
Alegre, que tem um trabalho já desenvolvido, estamos aqui dialogando para que
ela seja aceita como diretriz das doenças raras dentro da política municipal de
saúde. O Ver. Casartelli sempre deu o parecer favorável para o acolhimento
dessa emenda. Então, essa é uma emenda que não traz nenhum prejuízo, pelo
contrário, qualifica Porto Alegre dentro da dinâmica nacional da luta, em que
Porto Alegre é pioneira, para que seja incluído, na lista do Sistema Único de
Saúde, que essas famílias tenham o direito ao tratamento, à saúde.
Principalmente, aqui, o Hospital de Clínicas, que é parceiro com o Município de
Porto Alegre, tem montado um grupo de trabalho para tratar desse tema. É um
recurso pequeno por parte do Município, mas ajuda muito, principalmente aquelas
famílias que não têm o suporte mínimo para tratar a ataxia dominante, esclerose
múltipla, doença celíaca, entre outras doenças raras, que atingem famílias que
estão no anonimato, estão no silêncio. São famíliais que têm uma luta
invisível, e nós temos que dar visibilidade a isso. Venho aqui com consciência
e coração dizer aos colegas Vereadores: é um equívoco rejeitar esta Emenda, em
nome da saúde pública e de uma cidade que inclua. Venho aqui pedir, sim, o voto
favorável, e certamente o nosso Líder do Governo com a nossa Líder da oposição,
que já luta por esse tema, vão buscar um entendimento para aprovar. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Quero discutir, Presidente, esta Emenda,
destacada, de autoria do Ver. Engº Comassetto, porque acho que é importante ter
uma janela no Orçamento, para que se possa ter uma política efetiva de
desenvolvimento tanto do acolhimento quanto de uma efetividade do tratamento em
saúde nos casos das doenças raras. O Ver. Comassetto citou as ataxias,
esclerose múltipla, e outras doenças que são consideradas doenças raras, as
quais, Ver. Comassetto, eu suponho que tenha mais que 550 famílias que lidem
com essas doenças na cidade de Porto Alegre. Acho que é importante ter uma
preocupação de que no Orçamento possa ter destinação orçamentária para uma
política de ponta no que diz respeito a esse acolhimento. Agora, a crise por
que passa a saúde pública é de fato preocupante, estamos vivendo um momento
extremamente grave no Município, no Estado e no País. Já falamos na Emenda
anterior, no Orçamento da União, hoje, menos de 4% destinado é destinado à
Saúde . O Estado está longe de cumprir os 12% constitucionais da destinação
orçamentária para a Saúde, inclusive a Prefeitura de Porto Alegre teve que ir
para a Justiça contra o Governo do Estado para receber o repasse obrigatório do
Governo Estadual ao Município de Porto Alegre. Corretamente foi à Justiça
reaver esses recursos, mesmo assim, houve atraso nos repasses. Nós estamos
vivendo um momento extremamente delicado nos postos de saúde, em que boa parte
dos postos está funcionando com apenas um médico, um clínico geral, o que dirá
as especialidades. Hoje, Ver. Alex, para conseguir um atendimento em saúde
mental demora cerca de dois anos, no Município de Porto Alegre. Até conseguir
um atendimento com um psiquiatra, por exemplo, desde a entrada até o
atendimento com o especialista; é uma das especialidades em que se tem mais
demora no atendimento da população. Então nós temos um problema muito grave de
falta de especialistas, de falta de profissionais na área da Saúde, na
necessidade da ampliação da Estratégia de Saúde da Família, como forma de
garantir que a Atenção Básica funcione, evitando que as emergências fiquem
superlotadas e haja, evidentemente, uma lógica inversa nos preceitos do Sistema
Único de Saúde, que prevê a saúde e o atendimento preventivo como a prioridade
da saúde pública. Mas, na medida em que ele não existe, não atende a 70% das
famílias de Porto alegre. Evidentemente, essas famílias precisam buscar o
atendimento na saúde, e aí nós temos essa inversão. Nós temos questões
estruturais, como, por exemplo, a situação do Pronto Atendimento Cruzeiro do
Sul, onde estivemos recentemente. Eu estive na reunião de domingo, logo depois
do fechamento do posto em função da situação de violência no entorno; segunda-feira
houve outra reunião, em que estava a Ver.ª Jussara Cony representando a Mesa, e
um dos temas apresentados pela comunidade é uma reforma no PACS e um sistema de
triagem coetâneo e coerente com as necessidades do Postão.
Esse tema da saúde é um dos grandes problemas de
Porto Alegre. Eu acho que estamos cansados do jogo de empurra, pois o Município
diz que investe os 22% do Orçamento na saúde pública, que o Estado não investe
e que a União não investe. É verdade, nós temos que cobrar, denunciar que esses
governos não mandam os recursos necessários para a saúde pública de Porto
Alegre, que o Governo do Estado atrasa repasses. É uma verdadeira vergonha o
que está acontecendo no Estado do Rio Grande do Sul, pagando a dívida com a
União e não pagando a dívida social com o povo de Porto Alegre, com o povo
gaúcho. Mas também o jogo de empurra não pode servir para o Governo não cumprir
a sua responsabilidade, que é ampliar, sim, o atendimento em Atenção Básica,
melhorar os postos de saúde, e digo mais: cumprir promessas que já foram
feitas, como é o caso do posto na vila Dique, que nós recebemos ontem, na
Comissão de direitos Humanos, dizendo que o projeto foi aprovado pela
Secretaria da Saúde, foi para o gabinete do Vice-Prefeito, ficou meses lá, e o
povo, até agora, tendo que caminhar 5 quilômetros para ser atendido nas
especialidades.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Eu me comprometi com a minha emenda da qual não vou falar. Só quero
fazer um registro. Para mim, foi explicado, Ver. Engº Comassetto, mas acho que
aqui a gente pode construir o compromisso... Eu vou votar a favoravelmente
porque, sobre o tema das doenças raras, há muito ainda o que conscientizar,
publicizar, antecipar, podendo salvar muitas vidas. Quero aqui fazer o
reconhecimento, por exemplo, do trabalho fundamental prestado pela AAPPAD em
relação às ataxias dominantes. Eu gostaria que a gente aprovasse como diretriz,
e há compromisso nosso, no Orçamento, de construir algum tipo de apoio para os
eventos, para seminários de formação, qualificação e esclarecimento. Essa área
precisa de um olhar específico, e acho que a Câmara sempre pode fazer essa
marcação, esse compromisso. Doenças raras é um tema que, às vezes, não entra no
conjunto da política. Há uma norma para doenças raras que o Município de Porto
Alegre, salvo menor engano, ainda não assinou, Ver. Casartelli, uma nova norma,
discutida no ano passado. Acho que ali há recursos para esse tema fundamental
para os nossos cidadãos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, a Emenda nº 10 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 16 votos SIM, 10 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 024/15, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero aqui iniciar agradecendo a
compreensão dos 36 Vereadores, mesmo conversando com o Relator, o Ver. João
Carlos Nedel, que me falava que esse tema é um tema que acolheremos, inclusive,
na Lei Orçamentária. Ver. João Carlos Nedel, a votação aqui não traz nenhum
prejuízo à conversa que o senhor trazia aqui do acolhimento desse tema e
trataremos no Orçamento para que as doenças raras possam ser tratadas.
Da mesma forma, essa Emenda nº 11, que nós
apresentamos aqui, é uma emenda que traz o diálogo e a construção do
entendimento na cidade de Porto Alegre, que é a duplicação de vias
estruturadoras. Ver. Reginaldo Pujol, eu lembro que, em 2007, fizemos um debate
lá na Restinga e a comunidade nos trazia a demanda pela duplicação da Av. Edgar
Pires de Castro. Ver. Cleiton, nós fizemos vários debates, em Ipanema, e a
comunidade busca a duplicação do Av. Coronel Marcos. Vereadores que moram na
Vila Nova, o debate e a duplicação da Av. Vicente Monteggia. Ou o Ver. Cecchim,
que mora lá na Zona Norte, a duplicação do Porto Seco via Fiergs– Porto Seco a
via estruturadora para dar condições àquele tema. Nós aprovamos emendas na LDO
em 2005, em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, e lembro que
construí uma com o Ver. João Carlos Nedel, em 2007, pela duplicação do acesso
Norte do Porto Seco. Agora a pergunta que nós fazemos aqui é por que essas vias
não foram, até hoje, duplicadas, ou por que essas vias não foram, até hoje,
priorizadas politicamente, Ver. Cassio Trogildo, e já discuti esse assunto
muito com o senhor. E aqui, este momento, é uma discussão política da diretriz
da Cidade. Foi tirada uma prioridade, que seriam as duplicações em função da
Copa, mas o momento já passou, e neste momento não temos nenhuma obra cuja
execução esteja garantida, além da 3ª Perimetral, que trata da região central
da cidade de Porto Alegre, e temos que olhar aqui a Cidade como um todo. Creio
que a maioria dos colegas Vereadores e Vereadoras ouvem os noticiários, pela
manhã, de todas as nossas rádios da cidade de Porto Alegre que acompanham a
mobilidade urbana, e o que dizem? A Lomba do Pinheiro está engarrafada porque
não tem mais condição. A Av. Vicente Monteggia está trancada porque não tem
mais... A Coronel Marcos, que tem espaço e que tem alguns pontos de
estrangulamento, na continuidade a Av. Tramandaí, não podemos continuar nesta
retórica, vai ser duplicada, tem projeto. Nós queremos, efetivamente, trabalhar
isso como prioridade política aqui na captação inclusive dos recursos, e fazer
as ações concretas, e aí, Ver. Cassio, tenho debatido muito com o senhor, e
lembro muito bem que quando o senhor foi o Secretário, num diálogo que fizemos
lá na região Extremo-Sul, o senhor assumiu o compromisso de fazer a
pavimentação da Av. do Lami, e com recursos próprios, da própria Prefeitura com reciclagem da usina de asfalto, fez o recapeamento de toda a Av. do
Lami. Mas porque se fez um debate resolveu um problema de toda uma comunidade.
É isso que estamos aqui debatendo. Nós queremos, sim, é que esta Emenda seja
incorporada como uma diretriz: a duplicação das vias estruturadoras. Nós
sabemos que as duplicações começam com decisão política, depois vão para os
projetos, depois a captação de recursos. É um processo longo e necessário.
Portanto, peço aqui a compreensão dos colegas Vereadores...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio
Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11,
destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. CASSIO TROGILDO: Logicamente quando a
gente trabalha com a inclusão de uma ação na LDO e no próprio PPA, nós
precisamos, Ver. Comassetto – o senhor que é um defensor da estruturação da Cidade
–, estabelecer o que é que nós queremos na nossa Emenda. O senhor não colocou a
unidade de medida aqui. O senhor quer trabalhar com vias, com quilômetros? Qual
é a nossa unidade de medida? E a meta? O senhor não tem meta. Está fazendo uma
emenda aqui na LDO e no próprio PPA e não estabelece para quando. Então, a
nossa Emenda já tem algumas questões técnicas. Mas não é com isso que
logicamente o senhor deve ter se preocupado quando estabeleceu a emenda; o
senhor queria aqui fazer o debate político. Logicamente que o debate político é
necessário. Nós soubemos por que tivemos recursos para as obras de mobilidade
que apelidaram de obras da Copa, mas são obras de mobilidade urbana. E precisou
ter o evento Copa do Mundo no País para quem concentra 57% do Orçamento – que
eu tenho falado aqui – dizer: Agora vamos abrir linhas de financiamento –
porque vai ser pago – para se estabelecer a melhoria da mobilidade urbana,
através de corredores de ônibus e da implantação de BRTs, Ver. Dr. Thiago.
É lógico que eu quero
que dupliquem a Vicente Monteggia, nasci na Vicente Monteggia, Ver. Comassetto,
e lá tem projeto desde 2008. Por que é que não acontece? Porque o dono do
recurso estabeleceu que ia ser para a mobilidade urbana, e foi utilizado para
com o advento da Copa. E lá, quem pode ter a fonte de financiamento para essas
grandes obras, como é a Oscar Pereira, que se está trabalhando no projeto, como
é a Edgar Pires de Castro, que já tem projeto. Mas é lógico que não cabe no
Orçamento do Município. Então, o debate político que
estamos fazendo aqui – vim aqui só fazer o registro – é que é lógico que não é
uma opção do Governo não fazer porque não quer fazer. O Governo trabalhou há
muito tempo, eu era Secretário de Obras, para garantir que, quando estivessem
os recursos disponibilizados, Porto Alegre pudesse se habilitar, que são os
projetos. Projetos nós temos, estão lá, custou dinheiro, custaram recursos
públicos esperando uma linha de crédito do Governo Federal, que é a única forma
de se fazer grandes obras em Porto Alegre ou no País inteiro, porque não
comporta mais no Orçamento dos municípios esse tipo de obra de infraestrutura.
Mas, logicamente, que eu também quero que se duplique a Av. Vicente Monteggia,
a Av. Oscar Pereira, a Av. Edgar Pires de Castro e todas as outras vias que
precisam de expansão na nossa Cidade. Só que, logicamente, que não vai ser aqui
no Orçamento do Município que nós vamos ter esses recursos, Ver.ª Jussara Cony,
porque não comporta no 6,5 bilhões que é o Orçamento do Município de Porto Alegre.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelos Vereadores Kevin Krieger e Clàudio Janta, a Emenda nº
11 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 19 votos NÃO.
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Clàudio Janta. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há quórum.
Em votação a Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a
Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 024/15, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETO: Muito bem, continuando o debate, propusemos aqui a seguinte diretriz:
para o ano de 2016, fica garantida a implementação do Estatuto da Cidade, que é
a Lei nº 10.257 do ano de 2001, que todos os Municípios deveriam ter feito já a
sua implementação. Estou falando aqui no que tange à garantia da função social
da propriedade.
Porto Alegre tem apresentado, nos últimos anos, uma
agenda negativa ao estado brasileiro no que diz respeito ao gerenciamento do
seu solo urbano. Porto Alegre tem 750 vilas irregulares, porque ainda não
aplicou o Estatuto da Cidade. Um dos capítulos do Estatuto da Cidade diz que a
concessão especial do solo para fins de moradias já é um direito adquirido
desde 2001 e que o Município tem que executar. E o que significa isso, Ver.
Paulo Brum? Significa que todas aquelas comunidades que estão em áreas públicas
municipais, estaduais ou federais, o Município tem que regularizar. Pasmem os
senhores: a Bom Jesus, o Campo da Tuca, no bairro Mário Quintana, a caixa
d’água na Restinga, tudo está assentado há mais de 30, 40 anos em áreas
públicas municipais e nunca foram regularizadas pelo Município.
Outro ponto é como trataremos os vazios urbanos em
Porto Alegre. Já está dito no Estatuto da Cidade que o Município deve aplicar o
IPTU progressivo no tempo para que aquelas áreas desocupadas que estão dentro
do perímetro urbano, e muitas áreas próximas ao Centro que estão vazias, têm
que ter uma progressividade no IPTU para que os seus proprietários as destinem
para projetos habitacionais e/ou projetos de organização da Cidade. Aqui no
Centro de Porto Alegre, temos aproximadamente 20 prédios vazios, desocupados,
que não cumprem a sua função social, e as pessoas têm que morar cada vez mais
longe do Centro. Por que não aplicar uma política de fomento para que esses
prédios sejam reestruturados para as pessoas que trabalham no Centro venham
morar no Centro? Assim não vão precisar de transporte público, não vão precisar
morar em comunidades irregulares, não vão ficar uma, duas horas no ônibus para
voltarem para o Rubem Berta, Alvorada, Cachoeirinha e outros municípios.
Nós estamos propondo uma diretriz política para o
Município de Porto Alegre. Aqui eu tenho os meus colegas da CUTHAB que
certamente me acompanharão, porque essa discussão bate todos os dias na Comissão.
O Ver. Delegado Cleiton, que foi Presidente da CUTHAB, sabe que essas demandas
têm que ser regularizadas. Ver. Cassio Trogildo, Ver. Janta, Ver. Cleiton,
Ver.ª Séfora Mota, junto com o Ver. Casartelli, que compomos o quadro da
CUTHAB, que é a Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação, sabemos que esse
não é um problema só nosso, ele bate em todos os gabinetes e em toda Porto
Alegre, que é a aplicação de uma lei que já existe e que precisa ser não
transmitida para o Plano Diretor em um capítulo vazio, mas que ela tenha um
programa efetivo para ser regulamentada. Então o nosso desafio aqui é sugerir
que essa diretriz possa ser tratada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, para
que Porto Alegre aplique o Estatuto da Cidade, garantindo a função social e a moradia
digna na cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu me inscrevi porque esta
Emenda é bastante importante. Nós, desde 2001, temos a vigência do Estatuto da
Cidade. O Estatuto da Cidade apresenta uma série de instrumentos para a
regularização fundiária e a discussão sobre a questão da moradia. Vários
instrumentos são oferecidos pelo Estatuto da Cidade, mas tem um que é muito
importante, que já é previsto na Constituição Federal, que é a função social da
propriedade e que ainda não foi regulamentada no Município de Porto Alegre.
Muitos municípios, Ver. Comassetto, já têm uma lei prevendo e aplicando a
função social da propriedade. Eu explico, em geral, como funcionam, pelos
municípios, levando em consideração o Estatuto da Cidade, um escalonamento das
propriedades e um aumento nos impostos, naquelas propriedades ditas ociosas. E
a cada ano que passa, e aquela terra seguir ociosa, tem uma sobretaxação no
imposto, que pode gerar recursos para ajudar os municípios na regularização
fundiária, na política de moradia, na desapropriação de áreas, na construção de
moradias populares; que pode ajudar, inclusive, criando um corpo técnico, uma
assistência técnica, que possa atuar concretamente nas questões fundiárias do
Município. Por exemplo, ontem, quando estávamos falando da Dique, tem um debate
com relação à metragem que as moradias devem ser construídas com relação à
distância do dique, por uma questão de proteção. E nós não temos equipes
técnicas especializadas e permanentes que possam assistir às comunidades. Não
quer dizer que não tenhamos técnicos na Secretaria. Temos
técnicos concursados – de engenharia, de arquitetura –, mas era importante,
como nós tentamos gravar no Plano Diretor, um equipamento que garantisse
assistência especializada permanente à população e às comunidades de Porto
Alegre.
Bom, voltando à função social: durante cinco anos,
uma sobretaxação, na medida em que aquele terreno segue ocioso, como forma de
cumprir o que prevê a Constituição Federal e o próprio Estatuto das Cidades. E,
depois, uma desapropriação do terreno para fins de habitação popular em função
do não cumprimento do que está previsto na Constituição. Mas o que nós vemos é
uma lógica, justamente, inversa. Há propriedades, terrenos que ficam 20, 30
anos sem construção e, quando são ocupados pelos movimentos sociais, que lutam
pelo direito à moradia, nós temos uma celeridade no Judiciário para
determinadas reintegrações de posse – Bruno. A mesma celeridade, a mesma
caneta, que, muitas vezes, não se usa para aplicar o cumprimento da função
social da propriedade, se tem para remover famílias inteiras, idosos, crianças,
como nós conhecemos. Ontem, teve a reintegração de posse de uma comunidade
chamada Asa Branca, com dezenas de famílias que moravam, há meses, naquela
região, e que não aguentam mais esperar uma política habitacional inexistente!
Porque são 54 mil inscritos no Minha Casa, Minha Vida e menos de 2 mil casas
entregues em seis anos! Então, é preciso, primeiro, rever prioridades.
Enfrentar os interesses da especulação imobiliária, garantir os programas
habitacionais gerenciados pelas próprias entidades, como foram vários exemplos
que garantiram moradias melhores e custaram mais barato. E precisamos de
mecanismos de arrecadação, como de implementação da função social da
propriedade, prevista no Estatuto das Cidades, já implementado em muitos
Municípios, e deveria, sim, ser implementado no Município de Porto Alegre. Nós
vamos votar a favor da emenda, Ver. Engº Comassetto, por uma compreensão de que
é fundamental para garantir direito a 50 mil pessoas que não têm onde morar. E
vou também informar aos Vereadores e Vereadoras que nós temos um projeto que
estipula a função social da propriedade no Município de Porto Alegre. Está
tramitando, aqui na Câmara de Vereadores, um projeto meu e do Ver. Prof. Alex
Fraga, justamente para regulamentar aquilo que já existe em outros Municípios e
que, infelizmente, essa Prefeitura não faz: não coloca moradia como prioridade,
não tem a coragem suficiente para enfrentar os especuladores e garantir que a
Constituição Federal seja aplicada no Município. Então, nós queremos o apoio de
todos também.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 12, destacada,
ao PLE nº 024/15.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, rapidamente, quero
dizer que esta Emenda foi devidamente rejeitada porque ela é estranha às Leis
Orçamentárias. Nós temos que reconhecer isto. Mas o que eu queria mesmo é fazer
um apelo aos Vereadores e Vereadoras. Nós precisamos terminar hoje a votação,
porque, depois, a Diretoria Legislativa vai ter que trabalhar amanhã e
sexta-feira para entregar, ainda na sexta-feira, a redação final à Prefeitura.
Se nós não aprovarmos hoje tudo, vamos deixar para amanhã uma parte, e a
Diretoria Financeira vai ter que trabalhar sexta-feira e no feriado para
entregar, no mais tardar, terça-feira pela manhã para a Prefeitura. Então, é
uma forma de colaboração que nós podemos ter com os nossos funcionários, porque
nós temos prazo regimental importante e urgente. Muito obrigado pela
compreensão de todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Engº
Comassetto e Kevin Krieger, a Emenda nº 12 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 10
votos SIM e 14 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 024/15, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores, eu já perdi as contas de
quantas vezes fiz aqui, Prefeito Villela, a afirmação de que considero este um
dos momentos mais importantes do Parlamento, que é o de discutir a Cidade
através do seu orçamento, da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Portanto, as
proposições que fazemos aqui, Ver. João Carlos Nedel, são para poder fazer um
debate e uma análise sobre a Cidade. Pedimos a compreensão, porque esta emenda
que estamos apresentando é uma emenda sobre a qual quero fazer uma discussão
com os colegas Vereadores, apesar de o Ver. João Carlos Nedel ter dito aqui que
rejeitou a emenda porque fere a Lei Orgânica, não acredito que ela venha a
ferir a Lei Orgânica. Esta emenda propõe: apoio às rádios comunitárias da
Cidade de Porto Alegre. E dentro da LDO e dentro do Orçamento, Ver.ª Mônica, a
senhora que é jornalista, tem um capítulo que diz: verbas para comunicação. E
para onde vai essa verba de comunicação do Município de Porto Alegre? É
destinada somente para as grandes emissoras. E as rádios e jornais comunitários
por que não recebem uma parcela desse recurso? A nossa proposta aqui é incluir
essa diretriz. Todos nós aqui recebemos os jornais comunitários e todos os
Vereadores aqui, em um momento ou outro, são citados ou tem seus trabalhos
apresentados nos jornais comunitários. Bom, esses jornais comunitários são
excluídos. E eu faço uma comparação, a RBS, que está sendo investigada na
Zelotes, sonegou R$ 760 milhões do Orçamento público para investimento nas
políticas públicas, por que o Município de Porto Alegre tem que botar dinheiro
na RBS e não põe dinheiro nas rádios comunitárias? É essa discussão que estamos
fazendo aqui. Queremos, sim, que o Município de Porto Alegre, que os colegas
Vereadores tratem esse tema como um tema de igualdade para os desiguais, porque
os jornais comunitários e as rádios comunitárias, mas no caso aqui estamos
tratando só das rádios comunitárias, é uma diretriz, uma diretriz que diz que o
Município de Porto Alegre deve elaborar uma política de fomento para as rádios
comunitárias. Lá no Orçamento, nós vamos discutir se terá espaço ou não terá
espaço. Eu acho que nós tínhamos que fazer aqui, inclusive, Ver. Sabino, um
consenso de todos os Vereadores que, daquele recurso que está lá destinado para
a comunicação, 20% dele fosse destinado para os jornais e as rádios
comunitárias de Porto Alegre. Um consenso da cidade de Porto Alegre, uma
política pública para democratizar a mídia pelos pequenos veículos de
comunicação que lutam para sobreviver, que buscam o apoio das comunidades e que
trabalham, muitas vezes, dentro das comunidades. Esse é o debate que estamos
sugerindo aqui, essa é a proposição que estamos sugerindo. É uma proposição
simples, é uma proposição que vem ao encontro da democratização da mídia
brasileira.
Ainda quero dizer que faz poucos dias, quando fui a
Brasília, entreguei em mãos ao Ministro Berzoine, o que aprovamos aqui nesta
Casa: que Porto Alegre seja incluída no novo edital das rádios comunitárias,
para regularizar e implantar rádios comunitárias e TVs comunitárias no
Município de Porto Alegre. Bom, é uma luta que é de todos nós e é das
comunidades. Agora, o Município tem que fazer o seu papel, e esse papel,
acredito eu, que está nas mãos desta Câmara Municipal.
Sr. Presidente, para concluir, nós acabamos de
fazer uma emenda, acolhida pelas Lideranças, de que os recursos que não são
utilizados por esta Casa sejam destinados parte para a educação, parte para a
saúde.
Concluo dizendo que essa emenda é simples,
desenvolver uma política de fomento para as rádios comunitárias do Município de
Porto Alegre. Pedimos o apoio dos Vereadores, o voto favorável, e, depois,
vamos trabalhar, no Orçamento, a possibilidade desse recurso já destinado, que
já está sacramentado, dinheiro para a comunicação do Município de Porto Alegre,
para quem destinar. Nós estamos sugerindo que a diretriz oriente para as rádios
comunitárias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, em primeiro lugar, acho que nós,
obviamente, vamos falar, são temas de que todos deveriam falar, nós estamos
votando as diretrizes orçamentárias que vão gerar o Orçamento de 2016 da cidade
de Porto Alegre, um dos principais instrumentos que a Câmara vota o ano
inteiro. Então, sim, nós estamos discutindo as emendas, vamos fazer a discussão
do projeto, vamos fazer a discussão do Orçamento, vamos fazer a discussão da
saúde e vamos fazer a discussão das previsões que foram feitas para 2015 e que
não estão sendo cumpridas, do contingenciamento, da peça de ficção científica,
de secretarias que não executam nem 10% daquilo que está previsto, quando há
políticas públicas que deveriam ser desenvolvidas. Nós faremos essa discussão,
só para deixar isso muito claro aos que reclamaram da nossa inscrição. Nós
vamos discutir, achamos que é o momento que a Câmara, e mais, que a Cidade
deveria discutir, porque uma das críticas que muitas vezes nós fizemos à
construção dos projetos de lei é a ausência de participação popular na sua
execução. Eu acho, Ver. Alex, que o Orçamento Participativo, por exemplo,
discute apenas 6% do Orçamento, em geral menos, e não discute as prioridades,
por uma decisão do Governo de não compartilhar com os Conselheiros do Orçamento
Participativo uma discussão de conjunto do que é prioridade, do Orçamento do
Município de Porto Alegre! Não discute nas comunidades, nas associações de
moradores. Mais, no Orçamento que vamos votar no final do ano, tem uma parte
que é proposta por emendas populares, que tem três dias, em geral, para que as entidades possam propor emendas populares ao Orçamento, e nisso, por
exemplo, a Prefeitura nunca fez programa de TV, nunca comprou espaço de jornal
para dizer à cidade que, sim, a cidade pode fazer emendas ao Orçamento. Uma
Prefeitura que gasta 15 milhões em publicidade, na hora de fazer propaganda,
Ver.ª Sofia, de participação popular, da eleição do Conselho Tutelar, que
infelizmente vimos a ausência de divulgação da Prefeitura com relação à
importância das eleições do Conselho Tutelar, como faz para votar, como
escolher os seus candidatos, isso tem há ver com democracia. Então a pouca
democracia que temos, que é sequer discutir as emendas, não vamos abrir mão.
Ponto dois, esta Emenda, eu lembro que aprovamos em uma das discussões do
Orçamento a destinação de recursos para o desenvolvimento e a implementação nas
rádios comunitárias no Município de Porto Alegre. Nós
temos muitas rádios comunitárias com história na Cidade e que ao mesmo tempo
são amplamente ouvidas pelas comunidades por tratarem de problemas locais, por
serem um polo de organização e também de divulgação do trabalho do
desenvolvimento das artes de vários jovens. É um exemplo, por exemplo, de rádio
comunitária, que boa parte dos Vereadores já participaram de programas
discutindo os temas da Cidade, da Associação dos Moradores do Bairro Rubem
Berta, que é um dos bairros mais populosos do Município de Porto Alegre e que
sobrevive sem investimento do Poder Público municipal; do bairro Restinga, que
também tem história de rádios comunitárias. Nós temos muitos projetos que são
desenvolvidos de jornais de bairro e que vivem sem orçamento porque não
conseguem, enfim, recursos para publicar os seus jornais, muitas vezes vemos
que não conseguem dar sequência, mas são muito importantes para o
desenvolvimento e para a publicação dos temas da comunidade. Lembro do bairro
Cristóvão falando de uma audiência pública que houve sobre a questão da
segurança no bairro. O jornal do Bom Fim, o jornal do Centro, do bairro
Petrópolis, são muitos os jornais que nós temos que são uma referência da
identidade das regiões. É uma ação que fomenta, neste caso, as rádios
comunitárias. Dei exemplo de duas, acho que é importante colocar no Orçamento,
mas acho também importante ampliar a discussão para o tema dos jornais e para o
desenvolvimento de redes que possam ajudar no processo de organização, de
empoderamento e, por outro lado, de divulgação na ideias e do próprio comércio
local. Concluo, dizendo que nós também temos um projeto que obriga que
apareça o valor da publicidade na compra dos anúncios de jornal e de televisão.
Está tramitando e nós queremos aprovar, porque tem a ver com transparência, com
democracia e com possibilidade de o povo saber para onde vão os recursos
públicos...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13,
destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Mauro,
Vereadores e Vereadoras, eu serei breve para encaminhar a votação desta emenda,
mas quero defendê-la. Em 2011, Ver. Waldir – lembra? –, nós fizemos um esforço
enorme nesta Casa para comprar espaço para a prestação de contas da gestão, e
compramos igualmente no Correio, no jornal Zero Hora e em todos os jornais de
bairro desta Cidade. Ver. Airto Ferronato, eu levei um ano para superar a
burocracia, porque diziam que em jornal de bairro não dava, mas jornal de
bairro sobrevive de migalhas! Na nossa gestão, Ver. Cassio, se V. Exa. for o Presidente,
sugiro que faça novamente. Nós publicamos, só no final do ano – Ver. Mauro
Pinheiro, não sei se isso está encaminhado –, uma prestação de contas: quais
foram os principais projetos, a quantidade de projetos, ações da Câmara. Ficou
muito bonito, fortalecemos o jornal comunitário, usando o mesmo recurso – não o
mesmo preço, porque, obviamente, um jornal comunitário é mais em conta porque
ele tem uma circulação mais restrita. Mas eu fiquei orgulhosa desse esforço, de
Câmara e o Poder Público tratarem de forma igual o grande meio de comunicação e
a comunicação comunitária. Os jornais de bairro dizem: “Olha, 2011 foi o único
ano, não conseguimos mais.” E a diretriz proposta pelo Ver. Comassetto é que o
Governo invista nas rádios comunitárias, eventualmente, algum recurso, e não me
acho estapafúrdia, Ver. Nedel. É um pouco de recurso, é muito mais barato. Eu
sei que o problema da rejeição deve ter sido técnico, vamos tentar recuperar no
Orçamento, ser mais competentes tecnicamente.
Mas quero aqui fazer
a defesa da comunicação comunitária, porque é um esforço hercúleo de grupos, de
pequenas empresas, que procuram construir uma comunicação livre e alternativa.
Então, espero, sim, que o veto tenha sido técnico, mas o meu voto será político
pelos pequenos. Obrigada, Vereador.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Airto Ferronato e Kevin Krieger, a Emenda nº 13 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 07 votos SIM e 17 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Kevin Krieger e Cassio Trogildo, a Emenda nº 14 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM
e 19 votos NÃO.
Em votação a
Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 024/15. (Pausa.) O Ver. Prof. Alex Fraga
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 15, destacada, ao PLE
nº 024/15, como autor.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde, Srs. Vereadores, a Emenda nº 15 foi proposta por mim
justamente para viabilizar uma lei já existente no Município de Porto Alegre
desde o ano de 2000, que é a Lei nº 8.541, que institui o Programa de Prevenção
à Violência nas Escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Senhoras e
senhores, essa lei tem um caráter justamente analítico: ela permite que o
Município de Porto Alegre faça um diagnóstico da condição e do que pode ser
feito para contornar esse problema, que é um problema real. Como presidente da
Frente Parlamentar contra a Violência nas Escolas, tenho percebido que muitas
das agressões, não somente físicas, mas a violência em todos os seus âmbitos,
não são divulgadas, não são tornadas públicas, e isso é preocupante. Se não há
a divulgação de dados quantitativos e qualitativos a respeito desse grave
problema, não podemos implementar, no Município de Porto Alegre, um programa
eficaz de controle e combate a essa realidade. A violência é uma realidade das
nossas escolas. Há um tempo ouvi uma entrevista com a Secretária de Educação do
Município de Porto Alegre que disse que a violência não acontece dentro das
escolas, mas no entorno. Infelizmente, tenho que discordar da Secretária;
talvez ela esteja mal informada, e isto é inadmissível: a violência é
realidade, sim, das nossas escolas municipais. Pouco se faz em termos
preventivos, e a reação não nos adianta, não há o vislumbre de uma diminuição
desses índices, desses casos, porque a Guarda Municipal desloca um efetivo
quando há uma denúncia de agressão. A agressão já aconteceu, a violência já
aconteceu, já estourou, e não podemos esperar os acontecidos para então
propormos uma reação.
Propus essa emenda justamente para abrir uma
diretriz dentro da LDO, para que fosse disponibilizado na LOA alguma verba que
pudesse servir para viabilizar essa lei que, desde 2000, não saiu do papel, e
que prevê, no seu art. 3º, que para implementação desse programa, será
instalado um Fórum Municipal de Prevenção à Violência nas Escolas.
Ou seja, não temos este canal de comunicação. Um
detalhe: dentro da argumentação pela rejeição da minha emenda indica-se, dentro
da redação da rejeição, que a Secretaria Municipal de Segurança, pela Guarda
Municipal, já tem um programa, que é o Núcleo de Ações Preventivas da Guarda
Municipal. A Guarda Municipal é somente um ente público.
A Lei nº 8.541 prevê que várias outras instituições
estejam participando justamente da construção desse fórum, das atividades, do
debate. Por exemplo: o CMDCA, a OAB, o Ministério Público, o Conselho Municipal
de Educação. Então, temos aí, previsto em lei... E eu concordo com o que
algumas vezes o Ver. João Bosco Vaz me disse, que nós temos muitas leis no
Município de Porto Alegre; o problema é a efetividade delas, elas saírem do
papel e tornarem-se uma realidade. Por isso a minha proposta vem ao encontro
disso: tirar uma lei que está, há 15 anos, assinada pela Prefeitura da nossa
Cidade e que nunca se tornou realidade.
Boa tarde, senhores e senhoras, continuemos a nossa
discussão.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, a prorrogação da Sessão por mais duas horas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 23 votos SIM.
A Ver.ª Jussara Cony
está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 15, destacada, ao PLE
nº 024/15.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Prof. Alex Fraga, de uma forma particular,
eu acho que é a única Emenda que vou encaminhar. Mas, antes de tudo, quero
dizer ao meu querido companheiro Ver. Ferronato, que já foi líder do Governo
aqui, que não é fácil, Vereador – e como V. Exa. diz –, nem cômodo ser líder da
oposição numa Casa legislativa e efetuar um trabalho que esteja à altura dos
interesses da cidade de Porto Alegre. Primeiro, porque nós temos que articular,
nas três bancadas, PCdoB, PT e PSOL, democraticamente, posições que, em
determinados momentos, fazem parte de um processo de uma grande articulação
política. E, a partir daí, até porque nós somos de oposição ao projeto do
Governo Municipal, e, naturalmente, temos as nossas diferenças de concepções
também na oposição. Então, não é nada cômodo, aliás, se fosse cômodo,
possivelmente, eu não estaria na Liderança de oposição, porque eu não gosto de
acomodação. Porque, também a partir das articulações das nossas Bancadas, nós
fazemos e temos procurado fazer o melhor possível para a cidade de Porto Alegre
nas articulações mais amplas com o Líder do Governo. Temos feito muito bem,
fizemos com V. Exa. e continuamos aqui com o Ver. Kevin Krieger, exatamente,
dentro daquilo que eu conversei aqui, no início, na leitura preliminar e
possível através da LDO, ainda sem os dados para 2015, o que, aliás, deve
agravar esse quadro já alarmante. Diz também que a nossa concepção de cidade,
não só a que queremos, mas a que podemos realizar, é diferenciada da concepção
de cidade atual do Município. Porque nós entendemos a necessidade de
planejamento unificado da Cidade incorporando várias questões, como economia
criativa; valorizando as cadeias produtivas locais; regularização fundiária; Áreas
Especiais de Interesse Social, tudo que estamos discutindo aqui, planejamento
urbano, mobilidade urbana, enfrentamento à violência, ocupação dos espaços
públicos, inclusive, como fator de enfrentamento. E vim aqui para dizer da
importância desta Emenda do Ver. Alex Fraga, do PSOL. E digo, exatamente, a
partir do que o Vereador já disse aqui, recursos econômicos para implementação
do programa de prevenção à violência nas escolas. Porque já existe uma lei
municipal de 2002, e eu adiciono aqui uma outra lei municipal, que foi aprovada
nesta Casa, de nossa autoria, que é a Lei Maria da Penha nos currículos
escolares, que é também instrumento estratégico para o enfrentamento da
violência nas escolas, neste contexto escolar. Então, V. Exa. tem razão, só
adiciono também a Lei Maria da Penha, que nós, o Simpa está participando, temos
conversado com a Secretária Municipal da Educação do significado da
implementação da Lei Maria da Penha nos currículos, exatamente, para que a
gente trabalhe com os alunos, com seus familiares e com os próprios professores
e os trabalhadores nas escolas, que sofrem violência, de uma forma muito
particular as mulheres. Porque nós temos o entendimento, é o grande mérito da
sua Emenda, de que a escola é um fator de educação continuada para mudar a
lógica da sociedade que nós vivemos, de muita violência, quando,
principalmente, sob a óptica de violência de gênero, inclusive, porque é uma
emenda que está dentro da nossa percepção, do PCdoB, que ela contribui e muito
nessa discussão, nas escolas, esse enfrentamento. Por quê? Para nós começarmos
novos homens, novas mulheres, novas relações a partir, exatamente, da educação,
para que nós não continuemos na nossa sociedade, de forma muito particular na
cidade de Porto Alegre, deixando que as nossas diferenças naturais se perpetuem
em desigualdades políticas, econômicas, sociais e culturais.
Então, é uma emenda
de extremo mérito, não vou entrar, se há algum erro de indicativo, pode não ser
uma ação estratégica, e, sim, de atividade, mas eu quero discutir exatamente
isto: o mérito da sua emenda. E vamos votar... É a única emenda que eu vim
discutir, a não ser que haja outras depois no decorrer, mas porque acho
estratégica. É importante para o enfrentamento da violência e para a formação
de novos cidadãos. Parabéns, Vereador.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 15,
destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou me inscrever para falar uma
homenagem a todos, mas especialmente à amiga Ver.ª Jussara Cony. Estamos aí
para dizer que é boa a emenda do Ver. Prof. Alex Fraga e estamos, Ver.ª
Jussara, retirando a expressão “cômoda”. Aquele abraço. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 15,
destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente,
senhores e senhoras, apenas para acrescentar um argumento. Assim como
constituímos a Comissão de Creches Comunitárias, também está constituída e
trabalhando a Frente Parlamentar contra a Violência nas Escolas. O Ver. Prof.
Alex Fraga está presidindo esta Frente Parlamentar e tem proposto atividades,
tem escutado as escolas e se dá conta de que é importante colocar um recurso
para trabalhar esse tema. Então, é uma consequência de um espaço que a Câmara
constituiu, que a Câmara investiu. E há uma fala muito forte das escolas, no sentido
de que é preciso o fortalecimento das comunidades escolares para lidar com as
situações de violência. Não é que a violência esteja sendo gerada na escola; é
que esse é um tema do cotidiano da comunidade, dos alunos. Não é algo simples
que a escola saiba naturalmente tratar, encaminhar. Fazer formação, trazer
parcerias, pensar que alternativas são possíveis organizar na escola, junto com
as comunidades escolares, são coisas importantes para que as escolas se sintam
amparadas, para que a educação, de fato, consiga construir um espaço de
resistência e um espaço de proteção, inclusive dos trabalhadores e das
trabalhadoras, e de um fortalecimento na forma de melhor mediar os conflitos.
Há importantes tecnologias à disposição que um pequeno recurso e um programa
previsto podem resolver. Então peço voto favorável do conjunto dos Vereadores.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 024/15, pela
oposição.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: A firmeza na democracia é o grande mérito. Ouvir nunca faz mal,
principalmente nesta nossa Casa.
Venho me somar a essa fala da Ver.ª Sofia em
relação a essa emenda do Ver. Alex sobre a violência nas escolas, assunto no
qual ele vem trabalhando muito bem nas nossas escolas. Pelo levantamento que
nós fizemos no ano passado, Ver. Alex, lá na nossa Comissão de Defesa do Consumidor,
Direitos Humanos e Segurança Urbana, praticamente nenhuma das leis aprovadas
nesta Casa, que tratam do assunto da violência escolar, está sendo cumprida
pela Prefeitura Municipal. O Prefeito Fortunati e o Vice-Prefeito Sebastião
Melo ignoram todas as leis aprovadas nesta Casa que buscam trabalhar a redução
e a prevenção da violência nas escolas de Porto Alegre – é preciso que a
população saiba disso –, inclusive há um projeto, por exemplo, do Secretário de
Obras, com o qual eu tenho profundas divergências políticas, mas que fez um
belo projeto sobre o bullying. Sabe o
que a Prefeitura fez até hoje sobre isso? Nada! Fizemos uma audiência pública,
e sabem o que a Prefeitura faz a respeito do preconceito racial? Nada! Várias e
várias leis que temos aqui na Casa, inclusive um sistema de prevenção à
violência nas escolas, o Sr. Prefeito e o Sr. Vice-Prefeito não fazem nada! E
depois vêm pedir força nacional, força espiritual! Primeiro tem que fazer o que
já é lei, o que já foi aprovado! Os colegas têm uma boa chance de garantir que
as leis aprovadas por esta Casa venham a ser cumpridas, garantindo recurso no
Orçamento do Município para ações de prevenção à violência escolar. Depois não
adianta chorar sobre o leite derramado! Depois que não se faz o trabalho de
prevenção, vai para o abrigo, o Conselho tem que intervir, tem a entrada na
FASE, depois toda a vida criminal e, no final, alguns vão dizer “que bom que
morreu, porque era bandido mesmo”! Mas não estamos tratando da prevenção! Todos
tratam isso como se não fizesse diferença. Essa é a realidade do nosso
Município hoje: uma ação proposta por um Vereador, que preside uma Frente
Parlamentar nesta Casa, que propõe uma emenda para que o Município invista
recursos na prevenção à violência nas escolas, vai ser rejeitada pela base do
Governo! Essa é a concepção do Amigo da Criança. Depois o Prefeito, o
Vice-Prefeito levantam o troféuzinho de Amigo da Criança. Não sei se é o amigo
das torturas do abrigo Sabiá 3, que estavam na mídia hoje, ou se é a tortura
que fazemos aqui ao não investir na prevenção. Depois vamos todos bater na
porta da polícia para reclamar e dizer que ela não faz seu trabalho bem feito,
ou que se tem pouca polícia. Mas a gente não está cuidando antes! Então temos
uma bela oportunidade aqui, tranquila, serena, propositiva, da oposição, para
ajudar o Governo. Temos eleição no ano que vem, está aí uma boa oportunidade de
o Governo fazer em um ano o que não fez nos últimos dez, que é a prevenção à
violência na nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu acho que, depois das falas dos
Vereadores que me antecederam, fica mais fácil fazer o debate da importância de
um programa municipal de combate e de prevenção à violência nas escolas da rede
municipal. Ver. Alex, autor da Emenda, Ver. Alberto Kopittke, meu companheiro
da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana,
estamos vendo casos graves envolvendo a necessidade de prevenção da violência
dentro das escolas. Foi referido pela Ver.ª Jussara os temas transversais que
precisam ser debatidos dentro da escola, como a educação para a tolerância,
políticas que combatam o bullying
dentro das escolas, inclusive, saiu, lamentavelmente, a questão, por exemplo,
de que o principal causador de bullying
dentro das escolas – numa pesquisa do Marcos Rolim – é justamente a orientação
sexual. Então nós precisamos de políticas que combatam todos os tipos de
violência dentro da escola e políticas efetivas que tenham a ver com a questão
da prevenção da violência, que está expressa na sociedade e também se expressa
dentro da escola. Isso tem a ver com a implementação da Lei nº 8.541, de 2000,
que é um programa que prevê uma série de ações transversais e permanentes de
combate à violência dentro da escola; isso tem a ver com as leis que foram
apresentadas – do sistema de prevenção de violência – e que não estão sendo
executadas pelo Município de Porto Alegre; isso tem a ver com uma política
permanente de desenvolvimento e de averiguação, por exemplo, de motivos que
levam muitas crianças à evasão da escola – são mais de 6 mil no ano de 2013 – e
com a ausência de uma política efetiva que garanta que essas crianças
permaneçam na escola. Quantas delas foram motivadas pela violência? Pelo
preconceito? Pela intolerância? Ou mais, a questão da insegurança dentro das
próprias escolas, como os casos que nos referimos mais cedo na abertura, na Comunicação de
Líder. Os casos que aconteceram na Restinga, Ver. Prof. Alex Fraga, que é
Presidente da Frente, que esteve lá no ato com 200 professores e com a
comunidade escolar para garantir que houvesse uma pressão para melhorar a
política efetiva de segurança na Região em que as escolas foram roubadas,
saqueadas, depredadas. Então, nós precisamos ter uma política efetiva. E nós
precisamos, Ver.ª Mônica Leal, ter essa janela no orçamento, nós estamos
insistindo com isso, com essa emenda do Ver. Prof. Alex Fraga, porque nós
precisamos ter uma janela no orçamento para que tenha recursos para essa
política efetiva. Uma política preventiva, com materiais pedagógicos, que
envolva uma equipe multidisciplinar, uma política que envolva um diagnóstico,
Ver. Prof. Alex, que é uma das contribuições que a tua Frente vem apresentando
para a cidade de Porto Alegre. Não existe um diagnóstico dos casos envolvendo
violência na escola. Quantas foram entre estudantes? Quantas foram contra
professores? Quantas foram contra a comunidade do entorno que impactou a
escola? Não se tem registro para que se possa promover uma política pública.
Claro, têm debates que são permanentes, como, por exemplo, a presença da Guarda
Municipal em frente às escolas, que é uma reivindicação de todas as escolas da
rede municipal. Hoje, pela manhã, no Parlamento Jovem, todos os jovens das
cinco escolas vieram discutir políticas públicas para a cidade de Porto Alegre
– nessa política, Presidente Mauro, que a Câmara tem de fortalecer essa ideia
do parlamento Jovem – refletiram sobre a questão da segurança. Três, das
escolas, falaram que querem projeto que garantam a presença da Guarda em frente
às escolas como parte de uma política preventiva. E, se nós sequer gravarmos a
possibilidade de ter a janela para que essas leis municipais sejam cumpridas e
que se possa prever recursos para o conjunto de ações necessárias a criar essas
políticas de prevenção para dentro e fora das escolas, vai ser mais difícil que
se consiga, no orçamento, ter uma prioridade para um tema que está tão
candente, tão discutido, e, ao mesmo tempo, tão reivindicado pelas comunidades
de Porto Alegre. Eu peço, Vereadores e Vereadoras, que, nesses casos, as votem
com a sua consciência. E saibam que, nas 95 escolas da rede, há uma
reivindicação enorme à emenda do Ver. Prof. Alex Fraga.
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Pinheiro): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 024/15.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, senhores e senhoras, talvez na mesma linha da
Ver.ª Jussara Cony, esta é uma das únicas emendas sobre a qual estarei trazendo
a minha manifestação ao debate.
Parabenizo o
Ver. Prof. Alex por trazer o debate a esta Casa, no que diz respeito a esta
inclusão de Ação e, também na mesma esteira da Ver.ª Jussara, não entro no
mérito da ação, da estratégia, enfim, mas, no que diz respeito à intenção
meritória da Emenda nº 15, que traz à discussão, dentro da Ação, um programa de
prevenção à violência nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre e
tem como forma característica da sua descrição o aspecto da identificação e
planejamento de redução de violência nas escolas, esta emenda é por demais
significativa.
Obviamente, por atuar
nesta área há muitos anos nesta Cidade, eu venho a esta tribuna, na mesma
esteira do Ver. Comassetto, que reconhece este momento que estamos vivendo, na
Câmara Municipal, no dia de hoje, como um dos principais momentos da nossa
discussão. É fato, é verdadeiro. Estamos aqui num momento democrático, de
discussão, de decisões para a Cidade.
A Ver.ª Fernanda
muito bem asseverou, no momento em que subiu à tribuna, quando alguns colegas
fizeram alguma manifestação, a importância do debate, a importância deste
momento. O Ver. Nedel falou da importância de votarmos hoje esta matéria, a
LDO.
Então, Ver. Alex, de
forma muito pontual, muito objetiva, vou-me somar, votando, juntamente com V.
Exa. e parabenizando-o pela iniciativa, que, de fato, é uma necessidade que se
impõe.
Eu estive ontem
palestrando na Escola Rafaela Remião, na Parada 6 da Lomba do Pinheiro e ouvi
os relatos das professoras e a sua preocupação no que diz respeito à violência,
que é permanente, constante, real, cabal, nas escolas. Nós precisamos nos
preocupar muito com esta realidade.
Quando a Ver.ª
Fernanda fala a respeito do bullying
e o Ver. Kopittke fala das Ações, eu também me somo. É necessário termos Ações
que venham, de uma forma muito pontual, trabalhar estas questões, estas
temáticas, seja o bullying, seja a inserção
da questão da drogadição nas escolas e como prevenir, como agir, e,
principalmente, a questão da violência. Parabéns a V. Exa., eu me somo a esta
emenda, votando favoravelmente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger, a Emenda nº 15 ao PLE nº 024/15.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 22 votos SIM e 02 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Kevin
Krieger, a Emenda nº 16 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 17 votos NÃO.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Cassio Trogildo, a Emenda nº 17 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 18 votos SIM e 05 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº
024/15. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº 024/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Esta emenda cria um programa municipal de
regularização das Áreas Especiais de Interesse Social. Nós sabemos que Porto
Alegre ainda tem 700 comunidades irregulares; nem todas, dessas comunidades,
são Áreas Especiais de Interesse Social, mas algumas foram gravadas nas lutas,
por exemplo, como a do Cristal, quando da duplicação da Av. Tronco, em que
houve a indicação de terrenos pela própria comunidade para o reassentamento na
própria região.
Há o nosso projeto de AEIS que indica 14 Áreas
Especiais de Interesse Social, que está sendo discutido na Justiça, lamentavelmente,
pelo Governo Fortunati, que, à revelia do que votou esta Câmara, tanto no
projeto de lei como na derrubada do veto, foi até à Justiça para que a nossa
lei não passasse a vigorar em Porto Alegre. Independentemente disso, dos
méritos, nós estamos contestando na Justiça, estamos com os movimentos sociais,
populares lutando por essas regularizações. Para o futuro, precisamos ter
recursos gravados para a regularização fundiária no Município de Porto Alegre.
Nós precisamos ter programas que tenham recursos e que prevejam a medida e
prevejam todos os instrumentos necessários para regularizar a vida de milhares
de porto-alegrenses. Esse é o intuito da nossa emenda, e a gente pede o voto
favorável dos Vereadores e Vereadoras. Subi à tribuna apenas para explicar qual
é a emenda que estamos votando: é essa que prevê o programa de regularização
das Áreas Especiais de Interesse Social.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Kevin Krieger e Cassio Trogildo, a Emenda nº 19 ao PLE nº 024/15. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por
06 votos SIM, 16 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Kevin Krieger e Cassio Trogildo, a Emenda nº 20 ao PLE nº 024/15.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 09 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Solicito que sejam
votadas em bloco as Emendas nº 21, nº 22, nº 25, nº 26 e nº 27, destacadas, ao
PLE nº 024/15.
Em votação o
Requerimento de autoria desta Presidência. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. APROVADO.
Em votação nominal, solicitada pelo
Ver. Kevin Krieger, o bloco composto pelas Emendas nº 21, nº 22, nº 25, nº 26 e
nº 27 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 09 votos SIM, 16
votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. ALBERTO KOPITTKE (Requerimento): Presidente, solicito que as emendas de minha autoria sejam votadas em
bloco.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o bloco
composto pelas Emendas nº 30, nº 31, nº 32 e nº 33, destacadas, ao PLE nº
024/15.
O Ver.
Alberto Kopittke está com a palavra para encaminhar a votação do bloco composto
pelas Emendas nº 30, nº 31, nº 32 e nº 33, destacadas, ao PLE nº 024/15.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, venho,
de forma muito breve, apenas dizer que as explicações da área técnica me satisfizeram
sobre as devidas formas jurídicas que as minhas propostas deveriam ter sido
encaminhadas – e devem ser encaminhadas –, agradeço as explicações. E estamos
aqui para o diálogo racional e aberto ao convencimento, creio eu. E uma das
propostas era a discussão de um aeromóvel para a Zona Leste da nossa Cidade. Um
projeto que tem sido discutido na Trensurb, além da discussão da Zona Sul, que
o Ver. Comassetto também sempre trabalha. E espero que esse projeto possa ir
adiante. Os colegas sabem que hoje Canoas está iniciando a fase de licitação da
obra de um aeromóvel de 12 quilômetros. Canoas, uma cidade aqui do lado, não
tem a pujança econômica de Porto Alegre, mas já está fazendo seu aeromóvel, com
tecnologia de energia renovável. Inclusive a sede da empresa do aeromóvel foi
para Canoas graças a esse projeto que, com certeza, se tornará uma referência,
por vontade política da Prefeitura do Prefeito Jairo. Canoas terá 12
quilômetros de aeromóvel entre a Mathias Velho e o Guajuviras. Infelizmente,
esses projetos parecem bastante distantes da nossa Cidade.
Por outro lado, uma
outra proposta, mas estou acolhendo a explicação da área técnica, de que não
seria o caso de botar na nossa LDO, porque ainda não temos um projeto por parte
da Trensurb.
E, por outro lado,
tínhamos aqui uma proposta de uma pesquisa de vitimização, é um instrumento
muito usado, muito importante em que o parecer da Prefeitura diz que a
Prefeitura está fazendo um outro estudo, muito mais amplo, um estudo
sociocriminal. Vou aguardar, vou cobrar, porque faz 10 anos que a atual
administração aí está e, até hoje, sabem quantos estudos, pesquisas,
diagnósticos ela fez sobre violência? Nenhum. Então, realmente eu vou aguardar
com muita ansiedade que a Secretaria Municipal de Segurança possa mostrar
a que veio, possa mostrar seu trabalho, possa mostrar alguma alternativa na
área de prevenção à violência na nossa Cidade que até hoje simplesmente não
conseguimos perceber. Mas acolho aqui os pareceres dos colegas e espero que
esses dois projetos possam seguir adiante. Um estudo de algum aeromóvel, ou VLT
para a Zona Leste da nossa Cidade e os devidos diagnósticos que são tão
importantes na área de prevenção à violência e que promete a Prefeitura que
finalmente vai fazer. Assim espero que seja. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do bloco composto pelas Emendas nº 30, nº 31, nº 32 e nº
33, destacadas, ao PLE nº 024/15.
O SR. ENGº
COMASSETTO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, meu prezado Ver. João
Carlos Nedel, a rejeição por parte de V. Exa., como Relator, dessas propostas
de emenda apresenta para nós a redução na possibilidade de discutirmos a
inovação e a modernização em vários aspectos tecnológicos, principalmente na
mobilidade urbana da cidade de Porto Alegre. Ver. Kopittke, eu quero trazer
isso não só aos colegas Vereadores que iniciaram neste mandato, mas à população
de Porto Alegre. Na justificativa, aqui, há um equívoco e uma insuficiência.
Esta Casa já tratou uma emenda de trazer a diretriz do aeromóvel ou dos
veículos leves sobre trilhos, os trens de superfície, para que fosse discutida
e implementada em Porto Alegre. Em 2009, esta Casa, numa Frente Parlamentar que
organizamos lá na Sociedade de Engenharia, constituiu, Ver. Alberto Kopittke,
um convênio do Município de Porto Alegre com a Trensurb. A Trensurb já
desenvolveu um estudo, já gastou mais de R$ 2 milhões, e está lá nas gavetas da
EPTC. Ver. Cecchim, tem um dado: que daqui do Centro de Porto Alegre até a Av.
Juca Batista, no Zaffari da Juca Batista, os estudos feitos pela Trensurb já
demonstram que são 60 mil passageiros por dia. Isso viabiliza um veículo leve
sobre trilhos. Daqui até o Barra Shopping, não precisamos nem discutir, porque
ali será um dos terminais do BRT que poderia ter um trem, um veículo leve sobre
trilhos que fizesse a região central, fazendo esse transporte que é eficiente,
econômico. E o trem é o veículo de transporte mais democrático que existe no
mundo. Quando é que Porto Alegre vai abrir os olhos e trabalhar a possibilidade
de ter outros modais de transporte público? Por que nós não trabalhamos a
possibilidade de ter trens em Porto Alegre? Não só o ônibus, que polui e ocupa
um espaço imenso nas vias públicas. Para que nós venhamos a retirar os carros
das ruas, tem que ter um veículo de transporte público ou um modal de
transporte público eficiente, com qualidade e com rapidez. Eu quero dizer aqui
aos senhores e às senhoras que eu e o Ver. Cassio Trogildo fomos representar
esta Casa, na semana retrasada, na Expo Milão, que trata das inovações
tecnológicas das cidades para o mundo – o tema era alimentação saudável. Por
que estou me referindo a isso? Na cidade de Milão, o sistema integrado de trem,
metrô, é eficiente, com uma única passagem dá para ir do aeroporto a qualquer
bairro da cidade de Milão. Um sistema que não nasceu hoje, Milão tem 800 mil
habitantes, muito menos que Porto Alegre. Porque não podemos enfrentar esses
temas da inovação tecnológica? Em 2009, o Prefeito José Fortunati, na época
eleito Vice, depois assumiu a Prefeitura, assumiu o compromisso político de
realizar esses estudos. Por que não vai em frente com isso? Então, essa
diretriz coloca a possibilidade de que Porto Alegre venha tratar da inovação
tecnológica na mobilidade urbana e no transporte público. Nós queremos veículos
de transporte de massa saudáveis, e o trem é o mais democrático.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger, o bloco composto pelas Emendas nº
30, nº 31, nº 32 e nº 33 ao PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 07 votos SIM e 19 votos NÃO.
Em votação o Termo de Anuência. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Solicito verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon, o Termo de Anuência. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 25
votos SIM.
O SR. KEVIN KRIEGER: Sr. Presidente, eu
queria fazer uma referência a dois Vereadores, líderes, que assinaram esta Emenda, que é o Ver. Janta, que não estava se sentindo bem, tinha
feito um exame hoje, e o Ver. Reginaldo Pujol, que teve o lançamento do livro
do seu filho, neste horário.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o bloco composto pelas Emendas
nº
01, nº 03, nº 06, nº 07, nº 08, nº 18, nº 23 e nº 24 ao PLE nº 024/15, todas aprovadas pela CEFOR. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores João Bosco Vaz e Cassio
Trogildo, o PLE nº 024/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM e 02
votos NÃO.
PROC. Nº 0150/14 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/14,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que inclui art. 8º-A na Lei Complementar
nº 382, de 24 de julho de 1996 – que regulamenta o art. 103 da Lei Orgânica do
Município e dá outras providências (audiência pública) –, para tornar
obrigatório o comparecimento de representante da Administração Direta ou da
Administração Indireta do Município de Porto Alegre às audiências públicas
concedidas pelo Executivo ou Legislativo Municipais.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto(empatado);
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. João Derly: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Alberto Kopittke: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Kevin Krieger: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 03-06-15;
-
votação nula por falta de quórum em 01-10-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Cassio Trogildo, o PLCL nº 006/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
REJEITADO por 08 votos SIM e 11 votos NÃO.
O SR. MÁRCIO BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos, imediatamente,
passar à votação do PLL nº 059/14. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Márcio Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr.
Presidente, quero fazer um pedido de nova votação em relação ao projeto
anterior, uma vez que, pela minha contagem, não houve mais que três votos de
diferença.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Faça o
Requerimento, Vereador.
PROC.
Nº 0633/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 059/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui inc. V no caput do art. 4º da
Lei nº 10.474, de 23 de junho de 2008, alterada pela Lei nº 10.722, de 8 de
julho de 2009, determinando que, em sua utilização, as caçambas estacionárias
contenham adesivo informativo das datas de sua colocação e previsão de sua
retirada da via pública municipal, bem como do tipo de entulho a que se destina
a coleta.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Paulinho Motorista: pela aprovação do
Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Verª Jussara Cony: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 15-06-15;
-
votação nula por falta de quórum em 31-08-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
PLL nº 059/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Quatorze
Vereadores presentes. Não há quórum.
Está encerrada
a Ordem do Dia e os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 20h.)
* * * * *